Eve fecha mais um acordo para seu eVTOL, desta vez com a Bristow Group

Memorando de Entendimento inclui aquisição de 100 aeronaves elétricas além de parceria para desenvolvimento de um certificado de operador aéreo específico para a categoria
A Bristow deve encomendar até 100 eVTOL da Eve (Embraer)

A Eve, subsidiária da Embraer voltada para a Mobilidade Aérea Urbana (da sigla UAM em inglês), anunciou nesta quinta-feira (23) mais um acordo para seu projeto de eVTOL. Desta vez a parceria foi fechada com a empresa Bristow Group, do Texas.

A Bristow é uma das maiores operadoras de aeronaves rotativas do mundo e se interessou em adquirir até 100 aeronaves elétricas da Eve a partir de 2026.

O Memorando de Entendimento assinado por elas, no entanto, é mais extenso e inclui o desenvolvimento de um certificado de operador aéreo para aeronaves eVTOL.

“Esse memorando de entendimento estratégico prevê o desenvolvimento contínuo de um modelo abrangente de UAM entre Bristow e Eve para um eVTOL que pode, potencialmente, remodelar o mercado para todos os voos verticais elétricos com emissões de zero carbono e custos operacionais mais baixos. Isso nos permite expandir nossa experiência para fornecer uma opção sustentável, inovadora e eficiente em novos mercados finais potenciais”, disse o presidente e diretor executivo da Bristow, Chris Bradshaw.

“A parceria com a Bristow, combinada ao nosso histórico de trabalhos conjuntos com a Embraer, reúne organizações confiáveis e inovadoras com mais de 125 anos de experiência, unindo aviação e presença em vários países. Estamos honrados pelo fato de a Bristow ter escolhido nossa plataforma eVTOL e, juntas, nossas equipes desenvolverão as estruturas e operações robustas necessárias para criar uma indústria de UAM acessível, escalonável, sustentável e segura”, afirmou Andre Stein, Presidente & CEO da Eve.

Helicópteros S-92 da Bristow

Bolha em formação?

Os seguidos anúncios da subsidiária da Embraer não são casos isolados entre os projetos de “táxis voadores”. Várias outras empresas, muitas delas startups, têm se beneficiado da enorme demanda surgida por conta das metas de redução de carbono para fechar acordos bastante significativos.

Somente no Brasil, a Azul e a Gol lançaram projetos de malhas aéreas de aeronaves elétricas para os próximos anos, mas com fabricantes europeus, a alemã Lilium e a britânica Vertical Aerospace.

No horizonte está um mercado considerado promissor e calculado pela consultoria Delloite em US$ 115 bilhões em 2035. Segundo a Flight Global, no entanto, há quem já enxergue riscos nessa explosão de modelos, mais de 200 atualmente.

Segundo especialistas ouvidos pelo site, embora o custo de desenvolvimento e operação de um eVTOL seja baixo comparado ao de um helicóptero convencional, há pela frente diversos desafios de certificação e de operação antes que a Mobilidade Urbana Aérea possa ser considerada um segmento maduro.

Esse processo deve consumir somas altas de dinheiro, assim como viabilizar linhas de montagem eficientes.

Na visão de um consultor ouvido pelo site inglês, não será surpresa se boa parte das atuais startups sucumbir próximas do momento de suas aeronaves finalmente estarem prontas para decolar.

Vertical Aerospace VA-X4 será o modelo utilizado pela Gol (Divulgação/Gol)

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