Infraero conclui obra de área de escape que “agarra” aviões em Congonhas

Tecnologia EMAS é implantada na cabeceira da pista 17R do terminal aéreo da capital paulista; segunda parte do projeto será concluída até maio
O trecho do EMAS na cabeceira 17R de Congonhas (Infraero)

A pista principal do Aeroporto de Congonhas, em São Paulo (SP), agora conta com uma área de escape projetada para “agarrar” o trem de pouso de aviões que por ventura ultrapassarem o limite do aeródromo. A primeira parte da obra, implementada na cabeceira 17R, foi entregue pela Infraero e o Ministério da Infraestrutura na última sexta-feira (25).

Trata-se do sistema EMAS (Engineered Material Arresting System), que consiste na instalação de blocos de concreto que se deformam quando uma aeronave ultrapassa o limite da pista, fazendo com que o avião desacelere. A nova área de escape mede 72 metros de comprimento por 47,4 de largura. O projeto foi iniciado em janeiro de 2021.

“O EMAS é comum em aeroportos dos Estados Unidos, Ásia e Europa, mas Congonhas é o primeiro do país e da América Latina a contar com essa tecnologia que salva vidas e reduz danos, caso ocorra um acidente. Este é, acima de tudo, um investimento na segurança dos usuários e profissionais do transporte aéreo, e servirá de modelo a ser aplicado em outros aeroportos do Brasil”, disse o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Infográfico da Infraero sobre a aplicação do sistema EMAS no Aeroporto de Congonhas (Infraero)
Infográfico da Infraero sobre a aplicação do sistema EMAS no Aeroporto de Congonhas (Infraero)

A segunda parte da obra, na cabeceira 35L, será finalizada em maio, de acordo com a Infraero. As duas áreas de escape são construídas sobre estruturas sustentadas por vigas e pilares capazes de suportar aeronaves e veículos usados na rotina do aeroporto. Completam o projeto obras nas pistas de taxiamento nas regiões próximas aos EMAS.

O EMAS é adotado principalmente em aeroportos com limitações de espaço, como é o caso de Congonhas. O sistema foi desenvolvido nos Estados Unidos na década de 1990, por meio de pesquisas da Federal Aviation Administration (FAA), a agência de aviação civil dos EUA. A construção das áreas de escape no aeroporto paulistano é orçada em R$ 122,5 milhões, pagos com recursos públicos oriundos do Fundo Nacional da Aviação Civil (Fnac).

 

 

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