JetZero anuncia local da fábrica do “jato arraia” Z4 nos EUA

Startup quer revolucionar a aviação com avião de fuselagem e asa integrados; instalação ficará na Carolina do Norte

O jato Z4 com a pintura da United Airlines
O jato Z4 com a pintura da United Airlines (United Airlines)

A startup americana JetZero revelou nesta quinta-feira, 12, o local onde irá construir sua fábrica de aeronaves de corpo integrado (blended-wing-body).

As instalações ficarão no Aeroporto Internacional Piedmont Triad (PTI), em Greensboro, Carolina do Norte. O projeto terá um investimento previsto de US$ 5 bilhões e poderá empregar mais de 14 mil pessoas quando estiver em plena operação.

A JetZero planeja produzir o jato bimotor Z4, um avião comercial com capacidade para cerca de 250 passageiros e aparência de “arraia voadora”.

A configuração inusitada integra a fuselagem às asas, o que faz com que o Z4 possa consumir até 50% menos combustível em comparação com aeronaves tradicionais do mesmo porte.

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Local escolhido para linha de montagem fica no estado da Carolina do Norte (JetZero)

Apoio da United, Alaska e da Força Aérea

A nova fábrica deve ter as obras iniciadas já em 2026 e terá capacidade para produzir até 20 aeronaves por mês. A JetZero já atraiu investimentos de peso: a United Airlines e a Alaska Airlines participaram de rodadas de financiamento e garantiram opções de compra futuras. A United, inclusive, poderá adquirir até 200 jatos Z4, dependendo do sucesso do programa.

A startup teria chegado a um design final da aeronave, o que pode acelerar seu desenvolvimento daqui em diante.

O projeto também conta com apoio do governo dos EUA. A JetZero recebeu um aporte de US$ 235 milhões do Departamento da Força Aérea para desenvolver um demonstrador em escala real, com voo inaugural previsto para 2027.

Local escolhido para linha de montagem fica no estado da Carolina do Norte (JetZero)

A aposta da JetZero ocorre em um momento de pressão por alternativas mais sustentáveis na aviação, além das dificuldades enfrentadas por Boeing e Airbus para atender à demanda por novas aeronaves.

De fato, a empresa dos EUA tem uma chance bastante grande de surpreender já que a Boeing e a Airbus estão indecisas quanto ao lançamento de novas famílias de aviões comerciais, temendo escolher a tecnologia errada.

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