Lufthansa se prepara para encomendar jatos como o A220 e o Embraer E2

Companhia aérea alemã há tempos avalia os dois rivais, mas seu chefe-executivo indicou que assunto é prioritário por conta da concorrência de transportadoras de baixo custo
E195-E2 vs A220 (Bene Riobó/Markus Eigenheer)

A Lufthansa deve anunciar em breve um pedido de novos jatos de pequeno porte para renovar e ampliar a sua frota de suas coligadas. Estariam na disputa o Airbus A220 e o Embraer E2, que já teriam sido avaliados meses atrás.

No entanto, se antes da companhia aérea de bandeira alemã não tinha pressa em escolher as aeronaves, agora a situação mudou. Em um fórum interno de funcionários, Carsten Spohr, CEO da empresa, reconheceu que “definitivamente, teremos que comprar [novos jatos] para rotas de curta distância”, segundo relato da Aviation Week.

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A justificativa dada por Spohr envolve as companhias aéreas de baixo custo, que passaram a concorrer com o grupo Lufthansa a partir de pequenos aeroportos.

Enquanto oferece conexões para seus hubs a partir de cidades menores, a Lufthansa vê seus rivais implantarem malhas com voos diretos mais atraentes, incluindo destinos para hubs no exterior.

Os E-Jets fazem parte das frotas da Lufthana Cityline, Air Dolomiti e Austrian Airlines (Embraer)

A Lufthansa, entretanto, tem sido dúbia sobre suas intenções a respeito da nova frota de jatos com até 150 assentos. Enquanto opera atualmente com vários modelos como o CRJ-900, E-Jets de 1ª geração, a companhia aérea também tem em sua malha aeronaves A220 da Swiss e E190-E2 e E195-E2 operadas por contrato com a Helvetic Airways.

Em declarações anteriores, o CEO da transportadora sugeriu que um pedido único seria interessante por conta de possíveis descontos, porém, também manifestou preocupação em depender de apenas um fabricante.

Até o momento, a Lufthansa não estimou quantas aeronaves pretende encomendar. Como um todo, o grupo opera quase 200 jatos com até 150 assentos.

Airbus A319 da Lufthansa (Marco Verch Professional Photographer)

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  1. Se a Embraer conseguir, pelo menos, 30% do pedido total, será uma grata surpresa, pois a Airbus deve fazer um forte lobby para conseguir o pedido integral da companhia alemã.

  2. Infelizmente….em têrmos geopolíticos, a Embraer se encontra em posição difícil perante a Airbus… daí a tentativa de tempos atrás ter a Boeing como sócia majoritária… agora Inês é morta…

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