Nova companhia aérea francesa vai usar jatos ERJ 135 em voos semi-comerciais

Lorizon estabeleceu base na região da Bretanha e fará voos fretados regulares com dois aviões da Embraer, mas abertos à venda para “passageiros comuns”
O primeiro jato ERJ 135 da Lorizon (Divulgação)

Uma nova companhia aérea francesa, a Lorizon Aircraft, está prestes a iniciar serviços na região da Bretanha em uma modalidade curiosa. Serão voos regulares corporativos para destinos como Inverness, na Escócia, Paris, Toulon e Lyon, porém, com partes dos lugares vendidos a passageiros comuns.

Para viabilizar a proposta, a Lorizon terá dois jatos regionais ERJ 135, da Embraer, que dispõem de 37 assentos. Uma das aeronaves foi recebida na semana passada, após voar na Loganair, do Reino Unido. Os voos partirão do aeroporto Lorient-Bretagne Sud, que até março de 2021 recebia aviões da Air France.

Segundo o fundador da Lorizon, Maxime Bay, os voos serão negociados com empresas, em contratos de longo prazo. Os assentos excedentes, por sua vez, poderão ser adquiridos por qualquer pessoa por valores atraentes. Para otimizar os dois ERJ 135, Bay cogita ainda realizar voos aeromédicos e fretamentos.

O Aeroporto Lorieng Bretagne Sur

Menor jato comercial da Embraer

O ERJ 135, com 37 assentos, é o menor jato regional já produzido pela Embraer. Ele é derivado do ERJ 145 (50 lugares) como uma alternativa para rotas de menor demanda.

Para chegar ao seu layout, a fabricante encurtou a fuselagem em 3,54 metros e alterou poucos detalhes, como a redução da potência dos motores Rolls-Royce (Allison) AE-3007.

Os primeiros clientes do ERJ 135 foram as companhias aéreas regionais dos EUA, na época a American Eagle e a Continental Express. A aeronave, acabou encontrando mais interessados e deu origem ao Legacy, primeiro jato executivo da Embraer.

Um ERJ 135 da antiga American Eagle (Cory W. Watts/CC)

Total
2
Shares
1 comments
  1. Acredito que acertaram a receita. Assim como aconteceu nos EUA quando do lançamento desta aeronave. Ideal para empresas iniciantes e a aviação regional. Pena aqui no sudoeste do Paraná (Francisco Beltrão) nenhuma empresa se atentou neste potêncial de investimento. Aquela que em algum momento, aqui iniciar, com a aeronave ideal (porte e qualidade semelhante ao da reportagem), certamente irá se estabelecer isoladamente em um mercado promissor e ainda inexplorado.

Comments are closed.

Previous Post

JetBlue voará dos EUA para Paris em 2023

Next Post

Em entrevista, chefão da Eve explica como funcionarão os “táxis voadores”

Related Posts
Total
2
Share