Pilatus entrega o 2.000º PC-12; turboélice suíço tem partes construídas por divisão da Embraer

Monomotor turboélice da Pilatus Aircraft foi introduzido no mercado em 1994 e hoje é referência no segmento; mais de 80 exemplares voam no Brasil
PC-12 número 2000 foi entregue à PlaneSense, que opera atualmente 43 turboélices da Pilatus e 12 jatos PC-24 (Pilatus)

A Pilatus Aircraft celebrou na última sexta-feira (12) a entrega do 2.000º turboélice PC-12, em cerimônia na sede da fabricante em Stans, na Suíça. O avião com marca histórica estampada com uma pintura especial na fuselagem foi entregue a PlaneSense, empresa de propriedade fracionada dos Estados Unidos que opera uma grande frota de aeronaves Pilatus.

“Recebemos nosso primeiro PC-12, o vigésimo construído, em 1995. Esta aeronave única constitui a espinha dorsal de nossa operação. Nossos clientes desfrutam da versatilidade, confiabilidade, conforto e eficiência da aeronave há 28 anos. Nossa parceria com a Pilatus tem sido incrivelmente valiosa e esperamos expandi-la ainda mais nos próximos anos”, disse George Antoniadis, fundador, presidente e CEO da PlaneSense.

Avião que elevou a Pilatus ao posto de grande fabricante da aviação geral, o PC-12 voou pela primeira vez em 31 de maio de 1991, decolando de Stans. As primeiras unidades de série foram entregues a partir de 1994 e o turboélice suíço virou uma das principais referência num segmento que tem poucas opções – um dos próximos produtos nessa categoria será o Denali, da Beechcraft.

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PC-12 de resgate médico da Botswana Okavango Air Rescue (Pilatus)

Markus Bucher, CEO da Pilatus, disse na entrega do 2.000º turboélice: “Ano após ano, nosso PC-12 é, e continuará sendo, o avião turboélice monomotor mais vendido do mundo em sua classe com cabine pressurizada. Desenvolvemos continuamente nosso best-seller ao longo dos anos e o atual PC-12 é o estado da arte. Simplesmente, é a melhor aeronave de sua categoria!”

70 turboélices PC-12 voando neste momento

Enquanto você está lendo este texto, mais de 70 turboélices PC-12 estão voando em algum lugar do mundo, segundo os cálculos da Pilatus. Neste mês, a frota global do tipo passou das 10 milhões de horas de voo. Esses aviões servem em viagens de negócios, operações de transporte, evacuação médica e missões de emergência e voos de busca e salvamento com clientes civis e de forças armadas.

O PC-12 em versão executiva pode levar seis passageiros (Pilatus)

A versão mais recente da aeronave é o PC-12 NGX, lançado em 2019, com atualizações do tradicional motor turboélice Pratt & Whitney Canada PT6, que também é certificado para funcionar com Combustível de Aviação Sustentável (SAF).

O PC-12 pode ser configurado com até nove assentos para passageiros. Como cargueiro, pode transportar cerca de 1.000 kg, com acesso das cargas facilitado por uma grande porta na lateral da fuselagem. De acordo com o fabricante suíço, o avião voa a velocidade de cruzeiro de 528 km/h a 30.000 pés (9.144 metros) de altitude e tem alcance de 3,417 km.

A Azul adquiriu seus PC-12 em 2013 e 2014 (Divulgação)
A Azul é um dos operadores do PC-12 no Brasil, com dois aparelhos: aviões servem em missões de serviço da empresa (Divulgação)

Dos 2.000 PC-12 entregues ao redor do mundo, 83 deles estão no Brasil, segundo dados do Registro Aeronáutico Brasileiro da ANAC.

PC-12 tem componentes da OGMA, subsidiária da Embraer

Sem o esforço da OGMA, subsidiária da Embraer em Portugal, o PC-12 não existiria. A empresa portuguesa, famosa no ramo de manutenção aeronáutica, colabora com o programa da Pilatus Aircraft desde 1994 fornecendo componentes críticos.

Da fábrica da OGMA, em Alverca, saem estruturas do PC-12 como as asas, fuselagem, carenagem dorsal, estabilizador vertical, leme, ailerons, flaps, portas de passageiros e de cargas… Enfim, quase um avião inteiro. De Portugal, os itens são enviados para a linha de montagem final da Pilatus na Suíça.

Parte da fuselagem do KC-390, em construção em Alverca (OGMA)
Parte da fuselagem do KC-390, em construção em Alverca (OGMA)

A OGMA tem uma longa lista de clientes que compram produtos sob medida. Além da Pilatus, outras empresas que recebem componentes da empresa portuguesa são a Dassault Aviation, Airbus, AgustaWestland e, naturalmente, a Embraer.

A empresa portuguesa, inclusive, é uma parte importante no programa e na produção do KC-390 Millennium, fornecendo os profundares e portas, além do centro da fuselagem, uma das maiores peças do conjunto da aeronave, que é finalizada em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo.

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