Último Boeing 747 pode ser entregue em outubro de 2022

Atlas Air receberá aeronave final, um 747-8F de carga, dentro de menos de um ano, encerrando a carreira do mais famoso jato comercial
Boeing 747-8F da Atlas Air; empresa de carga conta com 52 Jumbos na frota, nas versão 747-400F e 747-8F (Divulgação)

A contagem regressiva para o encerramento do programa 747 está chegando ao seu final. O último “Jumbo” deverá ser entregue pela Boeing em menos de um ano, se depender da Atlas Air, empresa cargueira que tem o último pedido feito da aeronave.

A companhia adquiriu os últimos quatro Boeing 747-8F em janeiro e planeja recebê-los entre maio e outubro de 2022, segundo declaração do CEO da Atlas Air, John Dietrich.

“Estes são os últimos 747s que a Boeing vai produzir e estamos muito satisfeitos por eles virem para a Atlas”, disse Dietrich na quarta-feira durante uma conferência a investidores.

Segundo a Boeing, existem nove jatos pendentes de entrega – quatro para a Atlas Air, quatro para a UPS e um modelo de passageiros para um cliente não revelado.

Será o encerramento de uma carreira gloriosa para um avião comercial que mudou o panorama do transporte aéreo, com sua enorme capacidade. Desde janeiro de 1970, quando entrou em serviço pela Pan Am, o 747 é uma presença comum em muitos aeroportos do mundo.

Imagem da primeira decolagem do Boeing 747, em 9 de fevereiro de 1969 (Boeing)
Imagem da primeira decolagem do Boeing 747, em 9 de fevereiro de 1969 (Boeing)

Leia também: Boeing 747: os 50 anos do gigante dos céus

A Boeing registra nada menos que 1.683 pedidos da aeronave, de modelos raros como o 747SP (Special Performance) ao popular 747-400, que até hoje é utilizado em voos de passageiros.

Até pouco tempo atrás, nenhum outro widebody havia sido entregue mais que a “Rainha dos Céus”, como também é chamado em inglês. Apenas recentemente o 777 ultrapassou o 747 nesse aspecto e logo será superado pelo A330, da Airbus.

Seu maior concorrente, o A380, também terá o último avião entregue em breve, mas não chegou perto de obter tantos pedidos quanto o Jumbo. O maior jato comercial da história fechará seu ciclo com somente 251 aviões construídos, ou 15% do número de 747 fabricados. Nada mal para um projeto com mais de meia década.

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