VoePass planeja voar com jatos Boeing 737 em 2022

Companhia aérea anunciou nesta segunda-feira (4) que iniciou processo de certificação para operar aeronaves de maior porte que seus turboélices atuais
Projeção de como poderá ficar o Boeing 737 da VoePass

A VoePass, empresa aérea surgida da união da Passaredo e da MAP Linhas Aéreas, anunciou nesta segunda-feira (4) ter iniciado o processo de certificação para operar aeronaves de maior porte que seus turboélices ATR.

Segundo a empresa, a meta é iniciar os voos com jatos Boeing 737-700 e 737-800, com capacidade entre 144 e 180 passageiros, a partir do primeiro semestre de 2022.

“Entendemos que o ajuste da frota, com a inclusão de um equipamento de maior capacidade, irá complementar nossa estratégia de atendimento de mercados regionais de médio porte, potencializando as operações no Aeroporto de Congonhas”, afirmou Eduardo Busch, CEO da VoePass Linhas Aéreas.

A companhia não esconde a ambição em aproveitar um aumento no número de slots no disputado aeroporto paulistano, que deverá ser concedido à iniciativa privada no ano que vem. Outra empresas como a novata Itapemirim também têm solicitado espaço em Congonhas no que deverá ser mais uma guerra por horários de voo nos próximos meses.

A VoePass afirmou que a quantidade de Boeing 737 a serem adquiridos dependerá da distribuição de slots. “Estamos investindo para certificar o Boeing 737 em nossas operações, acreditando na recuperação da economia e do setor de turismo em nosso país”, disse José Luiz Felício Filho, Presidente da VoePass.

O aeroporto de Congonhas é o mais rentável sob controle da Infraero (Thiago Vinholes)
O aeroporto de Congonhas terá novos slots distribuídos (Thiago Vinholes)

Acordo de aquisição pela Gol no CADE

O anúncio da escolha do Boeing 737 NG para ampliar sua capacidade, hoje limitada em 15 turboélices ATR 42 e 72, vai de encontro com a expectativa de aprovação da venda da MAP Linha Aéreas para a Gol, anunciada em junho.

O negócio, de R$ 28 milhões além de 100 mil ações da Gol, depende da aprovação do CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), ligado ao governo federal, que ainda não se manifestou.

Como se sabe, a Gol opera justamente os dois jatos desejados pela VoePass e com configuração de assentos semelhante. Mas a companhia da família Constantino está num processo de migração para o 737 MAX, que deverá ser o principal avião da frota nos próximos anos.

Enquanto isso, as duas empresas têm estreitado relações graças aos acordos operacionais em várias regiões do país. Vale lembrar que a Passaredo já chegou a voar com jatos no passado, comos os widebodies Airbus A310 e o ERJ 145, da Embraer.

Airbus A310 da Passaredo
Airbus A310 da Passaredo: jatos no passado

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  1. Boa tarde,eu não recomendo a passaredo pois já quase 60 dias tive uma mala desviada,o desinteresse da empresa com meus pertences e de indignação descaso,cuidem pagar passagem mais cara e ficar seguros com nossos pertences que até agora nem resardida eu fui.

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