A321neo: United espera pelo jato e Alaska aposenta aeronave

Com estratégias diferentes, coompanhias aéreas dos EUA vivem momentos opostos a respeito do desejado jato de fuselagem estreita da Airbus
Um dos A321neo aposentados pela Alaska Airlines (yuki_alm_misa)

O A321neo é o jato comercial mais desejado da atualidade, não há o que duvidar. Para confirmar isso basta saber que a aeronave tinha até agosto 5.400 pedidos firmes ou 637 unidades a mais que o clássico A320ceo.

Companhias aéreas como a United Airlines contam os dias para ter o modelo em suas frotas, afinal ele oferece hoje a maior capacidade de passageiros para um jato bimotor de fuselagem estreita.

A transportadora dos EUA já está até vendendo voos em que o A321neo está escalado no final de 2023. Destinos como Phoenix, Fort Lauderdale, Orlando e Las Vegas deverão ser brindados com a aeronave da Airbus a partir de 14 de dezembro, sempre utilizando o hub de Chicago

Os primeiros A321neo da United estão quase prontos para entrega. Em 21 de setembro, o futuro jato de matrícula N44501 decolou pela primeira vez, ainda com registro provisório D-AXXH.

Outras aeronaves do tipo estão em estágios diferentes de produção na fábrica da Airbus em Hamburgo, Alemanha.

 

A Airbus fornecerá mais 70 A321neo para a United (Airbus)

A United Airlines tem 70 A321neo encomendados, uma variante aprimorada do A321 original e que oferece maior economia de combustível e menor nível de emissões.

Na companhia aérea, o A321neo deverá ser configurado com 200 assentos, sendo 20 na classe executiva e os demais na econômica, incluindo alguns assentos com maior espaço para as pernas.

Vale lembrar que o A321 ainda é uma aeronave inédita na frota da United, que tem uma boa quantidade de jatos A319 e A320 de primeira geração.

Adeus aos Airbus ex-Virgin America

Se o avião da Airbus é uma novidade para a United, em outra companhia aérea do país, a situação é inversa: a Alaska Airlines acaba de encerrar seus voos com o A321neo.

Os dois últimos jatos, de matrículas N921VA e N922VA, realizaram os últimos voos pela empresa em 30 de setembro. O primeiro concluiu sua jornada em Los Angeles e o segundo, em Oakland.

Eles se juntarão a outros oito aviões do modelo que já foram desativados.


Mas o que explica a decisão da Alaska de abandonar uma aeronave tão desejada? O motivo é justificado já que os jatos da Airbus nunca estiveram nos planos da transportadora.

Eles vieram a reboque da compra da Virgin America em 2018, e a Alaska não teve outra saída a não ser utilizá-los. Com a reestruturação da sua frota, no entanto, a empresa retirou todos os aviões da Airbus, incluindo 10 A319 e 52 A320 mais antigos.

Agora a Alaska Airlines possui uma frota apenas de aviões da Boeing, sem contar os 83 jatos da Embraer, usados em rotas regionais em parceria com a Horizon Air.

O primeiro 737 MAX 9 da Alaska Airlines

A padronização é uma alternativa atraente para companhias aéreas que buscam reduzir seu custo operacional, a exemplo da rival Southwest e da brasileira Gol.

Mas a Alaska sabe do valor dos ativos recém aposentados. Arrendados, esses aviões serão adquiridos em breve e revendidos no mercado, revelou a empresa aérea em seu resultado financeiro do segundo trimestre.

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