Airbus A321LR de longo alcance é aprovado na Europa e EUA

Nova versão do A321neo é modificada para realizar voos com mais de 7.400 km
(Airbus)
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O A321LR é o narrowbody com maior autonomia do mercado: pode voar por mais de 7.400 km (Airbus)

Foi-se o tempo em que eram necessários grandes aviões para realizar voos longos. Rotas transatlânticas agora podem ser cumpridas pelo novo Airbus A321LR, que recebeu nesta terça-feira (2) a certificação para voos comerciais dos órgãos de aviação da Europa (EASA) e dos Estados Unidos (FAA). Com essa liberação, a fabricante pode iniciar as entregas da aeronave aos clientes.

O A321LR é baseado no modelo de nova geração A321neo, mas modificado para carregar mais combustível e até 240 passageiros. De acordo com a Airbus, a aeronave reformulada pode percorrer mais de 4.000 milhas naúticas (7.400 km) com 206 passageiros. Além disso, o jato também recebeu a autorização ETOPS de 180 minutos – tempo que a aeronave, no caso de uma eventualidade, pode permanecer voando com apenas um motor até alcançar um aeroporto alternativo.

Com toda essa autonomia, o A321LR pode executar voos diretos entre Recife e Lisboa, Nova York e Paris ou de Dubai a Pequim, rotas que atualmente são realizadas somente por aeronaves widebodies (fuselagem larga e dois corredores).

A certificação do A321LR inclui a aprovação para a instalação de até três tanques de combustível extras e para a nova opção de cabine “Airbus Cabin Flex”, que inclui mais assentos e um novo arranjo de portas de embarque e desembarque e saídas de emergência reposicionadas. A aeronave também também foi homologada para decolar com o peso máximo de até 97 toneladas – 3,5 ton a mais que o A321neo convencional.

Em abril deste ano, a Airbus testou o A321LR em um voo entre sua sede, em Toulouse, na França, até as Ilhas Seychelles, na região do Oceano Índico Ocidental. Segundo a fabricante, a viagem de 8.797 km foi a mais longa já realizada por uma aeronave comercial de um corredor (narrowbody).

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  1. A aviação está de parabéns com esse novo modelo e oportunidades de novas rotas que se descortinam. O mercado Brasileiro poderá ser ligado a novos pares de cidades internacionais em voos diretos aproveitando-se da capacidade de assentos intermediária da aeronave, nem muito pequena e nem tão grande quanto um “widebody”. As empresas “ultra Low cost” irão aproveitar ao máximo esse modelo LR da Airbus. Acredito que a Americana Spirit Airlines será a primeira a desembarcar no Brasil com o A321LR vindo diretamente dos Estados Unidos. Mais uma boa opção para o modal Brasil-USA. Saudações,

  2. Grandes aviões para realizar voos longos? O 707 tem 47 metros, apenas dois a mais que o A-321. A questão não é o tamanho, mas a confiabilidade dos motores associada ao baixo consumo de combustível e principalmente a demanda crescente que não obriga, principalmente em países muito populosos e com uma economia forte, a formação de hubs para concentração de passageiros para origem-destino de voos internacionais.

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