Akaer é selecionada para programa de mega avião de transporte de cargas
Radia WindRunner tem 108 metros de comprimento e estará no Paris Air Show 2025

O transporte aéreo civil e militar necessita de uma nova aeronave capaz de levar grandes e pesadas cargas com eficiência e custo reduzido, ainda mais sem um sucessor do Boeing C-5A Galaxy e do Antonov An-124, no segundo caso.
Mesmo entre os operadores comerciais, o Boeing 747F já não é suficiente para atender certos clientes, bem como a inexistência de um Airbus A380F não ajuda quem precisa levar cargas bem volumosas.
Pensando nisso, a empresa Radia se propôs a fazer o que já está sendo considerado o maior avião de carga da história, o WindRunner. Trata-se de um gigantesco cargueiro com capacidade para até 73 toneladas de carga.

Apesar do número, isso de fato não impressiona, uma vez que o C-5A Galaxy leva até 135 toneladas e o 747-400F, supera essa capacidade com 140 toneladas, atuando a dupla nas áreas militar e civil.
No entanto, em volume, o Radia WindRunner — que estará este mês no Paris Air Show 2025 — supera os demais por seu comprimento de 108 metros.
Sua envergadura é de 80 metros, tendo ainda 24 metros de altura e um compartimento de carga de 105 metros, suficiente para levar futuras pás dos maiores aerogeradores do mundo.

Com alcance operacional de 2.000 quilômetros a 12,5 mil metros de altitude e voando a Mach 0.6, o WindRunner levará uma carga útil de 72,5 toneladas.
Como parte desse projeto, que prevê o WindRunner como um avião com baixa pegada de carbono, a brasileira Akaer foi uma das cinco empresas selecionadas pela Radia para fazer parte do projeto.

Participação da Akaer
A Akaer se junta às empresas Aciturri Aeronáutica, Astronautics Corporation of America, Element Digital Engineering e Ingenium Technologies.
Segundo a Radia, já fazem parte das parceiras as companhias Leonardo, MAGROUP Magnaghi Aerospace, Aernnova e AFuzion.
Conforme a Radia divulga em seu site, o WindRunner tem um compartimento de carga útil 12 vezes maior que o do Boeing 747-400F, que tem 610 m³ de espaço, enquanto o novo mega avião dispõe de 7.702 m³ de volume.

Se for bem-sucedido, poderá atuar tanto na área civil quanto na militar, porém, nesta útil, terá de aumentar muito sua capacidade de carga.
Para a Akaer, a participação num projeto tão ambicioso mostra sua grande capacidade industrial e tecnológica, sendo ela selecionada para liderar o desenvolvimento da cabine pressurizada da aeronave e para dar suporte à integração dos principais sistemas.
Cesar Silva, CEO da Akaer, comentou: “É uma honra contribuir para um projeto que redefinirá o futuro da aviação global. O desenvolvimento do WindRunner é desafiador e o papel da Akaer nele reflete a confiança conquistada ao longo de décadas de excelência, inovação e expertise comprovada”.