Boeing faz ‘recall’ de oito jatos 787 com problemas estruturais

Aeronaves entregues recentemente para a United, Singapore e Air Canada apresentam uma resistência menor do que a recomendada em estruturas de fibra de carbono da fuselagem
Boeing 787-10: United estreou avião no dia 7 de janeiro (Divulgação)
Boeing 787 da United: oito aviões com problemas estruturais (Divulgação)

A Boeing emitiu uma diretiva para que as companhias United Airlines, Singapore Airlines e Air Canada aterrem oito aeronaves 787 depois que a fabricante identificou problemas com a resistência das estruturas de carbono desses aviões.

A informação foi revelada pelo site Air Current, de acordo com pessoas familiares com a situação. Em comunicado, a Boeing confirmou dois problemas de manufatura distintos na seção traseira da fuselagem dessas aeronaves e que “não atende aos nossos padrões de projeto”.

Por conta desse problema, esses aviões não suportariam o estreesse máximo previsto em voo e poderiam falhar. A Boeing irá inspecionar e reparar os oito jatos de versões não reveladas a fim de que eles voltem ao serviço.

Segundo o Air Current, as peças com problemas são fabricadas pela unidade de North Charleston, que foi aberta em 2012 exclusivamente para produzir o Dreamliner.

Demanda em queda

Em operação há quase uma década, o Boeing 787 marcou uma nova geração de jatos comerciais ao introduzir asas e motores mais eficientes e sobretudo uma estrutura majoritariamente construída em material composto. Esse avanço possibilitou um peso menor ao avião e possibilitou melhorias como uma pressurização de melhor qualidade, janelas maiores e uma experiência de voo mais agradável aos passageiros.

Após um início turbulento, o Dreamliner tornou-se um produto de sucesso e se aproxima do marco de 1.000 aviões entregues (977 até julho). Entretanto, a demanda pelo widebody tem caído e a Boeing terá de cortar a razão de produção mensal de 14 para apenas seis aviões em 2021.

Um 787 Dreamliner na fábrica de North Charleston (Boeing)

Veja também: Baixas vendas do 787 devem fazer Boeing fechar uma das suas duas fábricas

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