Boom obtém US$ 100 milhões para financiar avião comercial supersônico

Avião para 55 passageiros capaz de voar a mais de 2.700 km/h pode estrear na próxima década

O avião supersônico da Boom agora tem um nome: Overture (Divulgação)
O avião supersônico da Boom agora tem um nome: Overture (Divulgação)
O avião supersônico da Boom agora tem um nome: Overture (Divulgação)
O avião supersônico da Boom agora tem um nome: Overture (Divulgação)

A startup Boom Supersonic fechou sua segunda rodada de investimentos e conseguiu angariar US$ 100 milhões para financiar o desenvolvimento de seu avião comercial supersônico, agora batizado como Overture. A aeronave para 55 passageiros e projetada para voar a mach 2.2 (2.716 km/h) está programada para entrar em serviço na próxima década.

Com a nova injeção de capital a startup alcançou já alcançou um total de US$ 141 milhões, o que representa apenas uma fração do investimento necessário para completar a aeronave. A Boom, com sede em Denver, nos Estados Unidos, estima que o desenvolvimento do Overture custe cerca de US$ 6 bilhões.

A Boom já conseguiu os recursos para construir o demonstrador XB-1, que terá um terço do tamanho final do Overture. Essa etapa exigiu US$ 33 milhões. A construção do protótipo, porém, foi adiada, mas a fabricante afirma que o trabalho está em andamento e o modelo pode voar ainda neste ano.

“Os esforços de seleção estão em andamento para o local de fabricação do Overture, que iniciará o serviço de passageiros em meados dos anos 2020”, disse a Boom em comunicado, acrescentando que os clientes futuros incluem as companhias Virgin Group e a Japan Airlines.

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A Boom ainda não selecionou o motor que será usado na aeronave – que será um trimotor – e reconheceu que está encontrando dificuldade para encontrar um propulsor que possa ser adaptado para fornecer o desempenho supersônico e atender aos limites de ruídos de aeroportos.

O projeto da Boom é o mais próximo de tornar novamente possível voos supersônicos na aviação comercial, algo que não acontece desde a aposentadoria do Concorde, em 2003. Outro projeto nesta mesma área é o Aerion AS2, mas este é projetado como aviação executivo para até 11 passageiros.

Veja mais: Aviação comercial vai exigir 1.000 aviões supersônico até 2035

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