Convertido para ser destruído: Boeing finaliza primeiro alvo aéreo QF-16 no Arizona

Nova linha de produção é uma parceria público-privada da Boeing com a força aérea dos EUA
(Boeing)
Desejado por forças aéreas do mundo todo, os caças F-16 são usados nos EUA como alvos de mísseis (Boeing)

Uma equipe da Boeing e da força aérea dos EUA (USAF) concluíram o primeiro alvo aéreo QF-16 convertido na nova linha de produção da empresa no estado do Arizona. A aeronave foi transportada no mês passado para a base aérea de Tyndall, na Flórida, onde será usada em operações de treinamento de armas, informou a companhia nesta sexta-feira, 31.

A conversão de caças F-16 em drones não é novidade. O que mudou foi a demanda da USAF por esse tipo de recurso. Além da necessidade de obter alvos de alto desempenho para testar novos armamentos, a força aérea dos EUA também vai utilizar os QF-16 no programa Loyal Wingman, que avalia o emprego de caças escoltados por aeronaves não tripuladas.

A Boeing começou a modificar os F-16 aposentados em QF-16 em 2015. Mais de 120 aeronaves estão na fila para serem convertidas, das quais 33 foram entregues até o momento. O primeiro alvo foi derrubado em 19 de julho de 2017.

Para complementar o trabalho de modificação dos caças, a Boeing e a USAF criaram uma parceria público-privada e montaram uma nova linha de conversão na base aérea de Davis-Monthan, em Tucson. Até então, a modificação das aeronaves era realizada somente na fábrica da Boeing em Jacksonville, na Flórida. O programa QF-16 é conduzido pelo 309º Grupo de Manutenção e Regeneração Aeroespacial (AMARG) da força aérea dos EUA.

“A entrega deste primeiro drone de alvo aéreo QF-16 modificado pela AMARG é um testemunho da relação cooperativa e sinérgica que esperávamos quando criamos a parceria público-privada com a Boeing”, disse a coronel Jennifer Barnard, comandante da 309ª AMARG.

A conversão dos F-16 (modelos A e C) para a configuração não tripulada QF-16 requer modificações na estrutura da aeronave e a instalação dos equipamentos de controle. Segundo a Boeing, o aparelho realiza manobras autônomas através do piloto automático ou controlado de estações terrestres.

“A parceria entre a Boeing e a AMARG é crucial para acelerar a capacidade dos combatentes”, disse Craig DeMeester, gerente do programa QF-16 da Boeing. “É um exemplo de excelente trabalho em equipe, e concluir este primeiro jato é apenas o começo, pois temos mais entregas planejadas para este ano e até o próximo ano”.

Veja mais: Embraer concluí modernização do primeiro “avião radar” E-99M da FAB

 

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