Em busca de custos menores, Áustria pode trocar caças Typhoon pelo Gripen E

Caças Eurofighter Typhoon austríacos podem ser vendidos para a Indonésia e substituídos pelo jato militar da SAAB
(SAAB)
Um dos principais predicados do Gripen é seu baixo custo operacional (SAAB)

A força aérea da Áustria quer se livrar o mais rápido possível de sua frota de 15 caças Eurofighter Typhoon. Com um custo operacional exorbitante, o jato de combate europeu virou um estorvo para os cofres do país e o governo local está considerando vender os aparelhos para a Indonésia. Enquanto isso, a Suécia, por meio da fabricante Saab, está se preparando para oferecer aos austríacos uma alternativa: o Gripen E.

Em entrevista à agência de notícias austríaca APA, o diretor de vendas da Saab, Per Alriksson, disse que o Gripen E é o “jato perfeito” para a Áustria e que a aeronave atende “todos os requisitos da força aérea austríaca com a melhor relação custo-benefício”.

Os suecos já tentaram vender o Gripen para a Áustria e reagiram de forma perceptível quando a escolha recaiu sobre o Eurofighter. A decisão contra o caça sueco foi uma surpresa, pois a força aérea austríaca foi durante décadas um importante operador de jatos militares fabricados na Suécia. Antes de receber os Typhoon, a aeronave de defesa aérea do país era o Draken, o “avô” do Gripen.

A Áustria recebeu seus primeiros Eurofighter em 2005 e em pouco tempo sentiu o gosto amargo da aquisição. O caça fabricado pelo consórcio Airbus/Leonardo/BAE Systems tem um custo operacional dos mais elevados do mundo, estimado em US$ 61.000 (cerca de R$ 322 mil) por hora de voo. O Gripen E, por outro lado, exige apenas uma fração desse valor ser mantido: US$ 4.700 (R$ 27,7 mil) para cada hora de voo.

Os Typhoon de segunda mão da Áustria estão na lista de compras da Indonésia (Divulgação)

Em 2017, o Ministério da Defesa austríaco deu os primeiros sinais de que pretendia abrir mão dos Typhoon e afirmou que o uso contínuo das aeronaves durante sua vida útil de 30 anos custaria cerca de 5 bilhões de euros, com a maior parte sendo gasta em manutenção.

Saab e Áustria: antigos parceiros

A força aérea da Áustria já foi um tradicional cliente da fabricante sueca. Além do Draken, substituído pelo Typhoon no início do século, o país também já operou o jato J29 Tunnan e o avião de instrução Saab 91 Safir. O único avião escandinavo que permanece ativo no país é o jato de treinamento avançado Saab 105.

O último voo do Draken na Áustria, em 2004, foi celebrado com um modelo customizado (Divulgação)
A força aérea da Áustria foi o último operador do SAAB Draken; jatos foram desativados em 2005 (Divulgação)

Veja mais: Primeiro caça Gripen da FAB chega ao Brasil na próxima semana

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