Embraer coloca funcionários em licença remunerada por conta do Covid-19

Medida vale para pessoas que não podem executar seu trabalho remotamente e durará até 31 de março
O novo Embraer E-190 E2 é o avião comercial mais avançado já desenvolvido no Brasil (Embraer)
Funcionários da Embraer durante apresentação do E190-E2: licença remunerada
O novo Embraer E-190 E2 é o avião comercial mais avançado já desenvolvido no Brasil (Embraer)
Funcionários da Embraer durante apresentação do E190-E2: licença remunerada (Embraer)

A Embraer anunciou neste domingo, 22, que decidiu colocar os empregados que não podem trabalhar remotamente em licença remunerada até o dia 31 de março. A fabricante afirma que manterá apenas atividades essenciais para sua operação durante esse período.

Os funcionários que já estão em home office continuarão trabalhando dessa forma, afirmou a empresa, que acrescentou ainda que está avaliando a situação de suas unidades em outros países onde atua como os Estados Unidos e Portugal.

Segundo a Embraer, nos próximos dias “analisará a situação e, juntamente com representantes do governo local e sindical, tomará a decisão mais adequada para proteger seus funcionários contra o contágio por coronavírus e, ao mesmo tempo, proteger seus negócios, de uma maneira em que todas as partes sofrerão o menor impacto possível”.

Divulgação dos resultados de 2019

Assim como outras fabricantes de aviões, a Embraer tem sido afetada seriamente pela redução brutal no tráfego aéreo de passageiros no mundo. Suas clientes têm solicitado o postergamento das entregas de novos aviões diante da queda na demanda e da falta de perspectivas de volta à normalidade.

A crise causada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19) atingiu a empresa brasileira em um momento crítico em que suas vendas e produção estão em queda. No ano passado, por exemplo, foram entregues apenas 89 jatos comerciais, pior marca dos últimos anos.

Sua lista de pedidos pendentes atual, com 338 aeronaves comerciais encomendadas, caiu 30 unidades em relação a 2018. Além disso, a joint venture com a Boeing, que acertou o pagamento de U$$ 4,2 bilhões (R$ 21 bilhões) por 80% da unidade de jatos comercial, está sob risco.

Sem dinheiro, a gigante americana tem solicitado ao governo dos EUA uma injeção bilionária para se manter ativa. De quebra, as ações da empresa brasileira estão em queda e hoje o preço acertado é muito maior do que seu valor de mercado.

A Embraer deve comentar os desdobramentos da crise na próxima quinta-feira, 26, quando fará uma teleconferência sobre os resultados de 2019.

Embraer e Boeing: acordo sob risco (Divulgação)

Veja também: Coronavírus: maioria das companhias aéreas pode falir até maio

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