Embraer espera demanda de 1.390 novos jatos na China

Mercado chinês se prepara para um forte avanço na aviação regional nos próximos 20 anos; país planeja a construção de 200 novos aeroportos até 2035
Protótipo do novo jato regional Embraer E190-E2 (Embraer)
Websérie no Youtube celebra os 54 anos da Embraer (Embraer)
(Embraer)
A Embraer está presente do festival aéreo de Zhuhai com o E190-E2 “Shark” (Embraer)

Presente na Exposição Internacional de Aviação & Aeroespacial da China, em Zhuhai, a Embraer divulgou sua mais recente previsão para o mercado chinês de aviação comercial. Segundo a analise da fabricante, o país vai demandar 1.390 novos jatos comerciais com até 150 assentos nos próximos 20 anos, avaliados em cerca US$ 82 bilhões.

“Segundo as estatísticas, o mercado da Ásia-Pacífico teve o maior crescimento em termos de volume de passageiros em 2017. Na China, especificamente para o mercado interno, a taxa de crescimento foi de 13,3%. Graças ao constante ritmo de crescimento econômico, investimento contínuo na construção de aeroportos, a implementação de planos básicos de serviços aéreos e aumento de classe média, fatores que impulsionaram a demanda por viagens aéreas, acreditamos que nos próximos 20 anos, aeronaves com até 150 lugares terão um enorme potencial na China”, disse Arjan Meijer, Chief Commercial Officer, Embraer Aviação Comercial.

A Embraer compete no segmento de jatos com até 150 assentos com os modelos E-Jets e os E-Jets 2 (E2) de nova geração, introduzidos em abril deste ano na aviação comercial. Outras fabricantes com produtos nessa área e em busca de espaço no mercado chinês são a Airbus, com a série A220 (ex-Bombardier CSeries) e a COMAC, da China, com o jato ARJ21.

Nas últimas décadas, a China introduziu uma série de políticas favoráveis ​​para apoiar o crescimento do tráfego aéreo e construiu novos terminais aéreos. De acordo com o plano da CAAC, autoridade de aviação da China, mais de 50 novos aeroportos serão construídos durante o 13º Plano Quinquenal, iniciado há dois anos. Até 2035, outros 140 aeroportos serão construídos, sendo a maioria focado na aviação regional.

O E190-E2 é o primeiro avião a jato da Widerøe, empresa que já tem mais de 80 anos de mercado (Thiago Vinholes)
A Widerøe, da Noruega, já conta com três jatos E190-E2 em serviço (Thiago Vinholes)

A Embraer ainda apresentou em sua análise que os 30 principais aeroportos da China movimentam quase 80% do total de passageiros que voam pelo país. De acordo com a fabricante, isso mostra que os aeroportos estão com capacidade saturada para atender mais aeronaves, o que pode levar as companhias locais a investir em mercados secundários e terciários.

“Os E-Jets e E-Jets E2 da Embraer, com tamanho adequado, atenderão perfeitamente à demanda de mercado em cidades secundárias e terciárias e atenderão às necessidades de várias companhias aéreas. Com grande eficiência operacional e excelente desempenho, os E-Jets e os E-Jets E2 criarão mais valor para nossos clientes chineses, explorarão mercados potenciais para as companhias aéreas, melhorarão a acessibilidade para os viajantes e contribuirão para o desenvolvimento da aviação regional na China”, disse Guo Qing, diretor de vendas e marketing da Embraer Aviação Comercial na China.

O primeiro voo do ARJ21 foi realizado no dia 28 de novembro de 2008 (Divulgação)
O ARJ21-700, para até 90 passageiros, pode competir na China com o Embraer E175 (Divulgação)

Atualmente existem cerca de 60 modelos E-Jets de primeira geração em serviço com empresas na China, a maior parte modelos E190. O maior operador é a companhia Tianjin Airlines, com uma frota de quase 50 jatos E190 e E195. Essa mesma empresa também encomendou o novo modelo E190-E2.

Veja mais: Primeiro voo do Bandeirante completa 50 anos

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