Força Aérea Argentina adia escolha de novo caça para 2023

País analisa propostas da China, Índia e da Dinamarca, que oferecem, pela ordem, os caças JF-17 Thunder, HAL Tejas e modelos F-16A/B de segunda mão

Argentina recebeu três propostas: JF-17 Thunder, HAL Tejas e caças F-16 A/B usados

Desprovida de caças supersônicos desde 2015 quando desativou seus últimos Dassault Mirage III, a outrora poderosa Força Aérea Argentina ainda deve enfrentar mais um período com desfalques nessa área. De acordo com o site Zona Militar, a decisão de Buenos Aires sobre a escolha de um novo jato de combate de alta performance foi adiada para 2023.

Esperava-se que a definição sobre o novo caça argentino poderia ser divulgada até fim deste ano. No entanto, ao ser questionado pela publicação, o Ministro da Defesa da Argentina, Jorge Taiana, declarou que a força aérea ainda está recebendo propostas. “Acho que até o final do ano teremos todas as ofertas”, disse Taina, dando a entender que seleção da aeronave deve ocorrer somente no próximo ano.

Os militares da Argentina analisam três opções de caças. São elas o HAL Tejas, oferecido pela Índia, o CAC/PAC JF-17 Thunder, da China, e modelos Lockheed Martin F-16 A/B de segunda mão de estoques da Força Aérea da Dinamarca, em oferta intermediada pelos Estados Unidos. Outra opção era o jato russo MiG-35, que acabou descartado no mês passado.

“Esta é uma decisão que tem de ter em conta não só os aspetos técnicos e a qualidade dos sistemas de armamento da aeronave, mas também tem de ter em conta questões que têm a ver com o financiamento, com os prazos de entrega. São decisões políticas que serão tomadas ao mais alto nível pelo Presidente da República”, acrescentou Taina.

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A Força Aérea Argentina, que até a década de 1980 era uma das maiores poderosas da América Latina, hoje depende de aeronaves ultrapassadas e de performance limitada para garantir a defesa do espaço aéreo argentino. Com a baixa dos Mirage III há sete anos, o principal avião de combate do país passou a ser o antigo McDonnell Douglas A-4 Skyhawk, de desempenho subsônico e mais adequados a missões de ataque ao solo.

O Mirage III era uma das principais aeronaves da Argentina na Guerra das Malvinas (FAA)
O Mirage III era o principal caça da Argentina; jatos eram veteranos da Guerra das Malvinas (FAA)

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