Força Aérea Brasileira quer cortar mais sete jatos KC-390 de encomenda feita à Embraer

Comandante da Aeronáutica anunciou intenção em encontro com a imprensa. Total de deve ficar em apenas 15 aeronaves, cinco das quais já entregues

A FAB recebeu o primeiro KC-390 da Embraer em 2019 (FAB)

A Embraer deverá ver o lista total de pedidos pendentes do KC-390 ser reduzida para apenas 17 aeronaves nos próximos meses. A razão é que o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, pretende realizar mais um corte no pedido original de 28 cargueiros militares.

A informação foi revelada pelo oficial em entrevista à imprensa brasileira e relatada pelo jornal O Globo. Segundo Baptista Junior, a FAB só deverá receber 15 aeronaves da Embraer, ou sete a menos que o atual pedido revisado (22 unidades).

Em fevereiro, a Aeronáutica e a fabricante brasileira chegaram a um acordo que eliminou seis aviões, mas, segundo o Comandante da força, não foi o suficiente. “O problema é a imprevisibilidade orçamentária. Não temos como arcar com isso no curto prazo”, disse.

Ao jornal, a Embraer afirmou que “que possui contrato com a FAB para o fornecimento de 22 unidades”.

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Já em comunicado ao mercado, a empresa reforçou “seu compromisso com o projeto KC-390/C-390 Millennium, aeronave multimissão de nova geração, bem como sua crença no potencial de exportação deste produto, que traz inovações únicas em sua categoria e que já foi adquirido por duas nações europeias”.

Imagem ilustrativa sem compromisso com o projeto real divulgada pela Embraer

Caso a nova redução seja de fato confirmada, restarão apenas dez unidades a serem entregues ao Brasil, além de cinco KC-390 para Portugal e dois para Hungria, únicos clientes estrangeiros do jato multimissão.

Além de cortar os fundos do programa KC-390 e encerrar o projeto do turboélice híbrido STOUT, Baptista Junior também cancelou o convênio com a Embraer para estudo de uma aeronave não tripulada avançada, assinado em abril de 2021.

Embora sem ter detalhes divulgados, a ilustração do projeto sugeria um jato com características furtivas. Na ocasião, o Comandante da Aeronáutica havia afirmado ser “uma oportunidade ímpar para a Força Aérea Brasileira aprofundar seus estudos em tecnologias disruptivas que possam causar desequilíbrio no cenário atual e futuro”.

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