Frota de aeronaves no Brasil registrou sensível crescimento em 2017

Tamanho da frota registrada no país subiu 0,4% no ano passado e chegou a 21.895 aeronaves
Embraer E195 "Brasil" (Gianfranco Beting/Azul)
Embraer E195 “Brasil” (Gianfranco Beting/Azul)
Embraer E195 “Brasil” (Gianfranco Beting/Azul)
A frota da aviação comercial sofreu uma queda de 0,7% em 2017; outros segmento cresceram (Gianfranco Beting/Azul)

Já teve curiosidade de saber quantos aviões existem no Brasil? Segundo o balanço mais recente publicado no Anuário Brasileiro de Aviação Civil 2017, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Aviação, a frota brasileira atual é composta por 21.895 aeronaves civis, categoria que inclui aviação geral, comercial e experimental.

Segundo a pesquisa do instituto, a frota brasileira recebeu em 2017 um total de 103 aeronaves novas, fabricadas em 2017, e outras 190 usadas. Já o número de aeronaves com matrículas canceladas (desativadas ou rematriculadas em outros países) chegou a 210. Com isso, o saldo foi de 83 unidades a mais em relação a 2016, um aumento de 0,4%.

O segmento que mais cresceu em 2017 foi o de aviação experimental, com uma alta de 1,2%, ou 69 aeronaves a mais, e chegou a um total de 5.936 unidades. Na aviação geral, que detém a maior participação na aviação brasileira, com 15.361 aeronaves, o aumento foi de 0,1% (ou 19 aeronaves a mais). A aviação comercial por sua vez, ainda sentindo os efeitos da crise econômica mundial, sofreu mais um ano de redução, desta vez de 0,7%, o que representa a saída de 8 aeronaves, diminuindo a frota nesse nicho para 686 unidades.

O resultado de 2017 marcou o início de uma recuperação do mercado brasileiro no setor aéreo, ainda que o número positivo seja tímido. Em 2016, o aumento da frota brasileira havia sido de apenas 0,1%. Nesse período, a aviação comercial experimentou uma queda de 6%, com o cancelamento de matrículas nacionais de 64 aeronaves.

Frota de aeronaves do Brasil em 2017 comparada com o resultado de 2016 (Instituto Brasileiro de Aviação)
Frota de aeronaves do Brasil em 2017 comparada com o resultado de 2016 (Instituto Brasileiro de Aviação)

Condições de voo

Das mais de 20 mil aeronaves matriculadas no Brasil, nem todas têm permissão para voar. Na aviação geral, que detém a maior participação na frota, 68% delas estão com o certificado de aeronavegabilidade em dia. O restante aparece com o documento cancelado, suspenso ou vencido.

Na aviação experimental o nível de disponibilidade é quase total. Segundo a pesquisa do Instituto Brasileiro de Aviação, baseada em dados da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), 91% da frota de aeronaves experimentais está com o certificado de voo normal. Já na aviação comercial, 74% das aeronaves (ou 507 unidades) estão com os documentos regularizados.

A frota de aeronaves do Brasil cresceu apenas 0,4% em 2017 (Instituto Brasileiro de Aviação)
A frota de aeronaves do Brasil cresceu apenas 0,4% em 2017 (Instituto Brasileiro de Aviação)

O anuário também pesquisou a idade das aeronaves registradas no Brasil em 2017. Os aparelhos da aviação comercial e experimental têm em média 12 anos, enquanto a aviação geral está na faixa dos 27 anos. Já os fabricantes mais presentes no país, com cerca de 50% de participação, são a Cessna, Neiva, Piper, Embraer e Beech Aircraft.

O que voa no Brasil?

Cada uma das categorias que englobam a aviação civil possui uma grande diversidade de tipos de aeronaves. Nessa questão, a pesquisa do anuário mostra os números relativos a frota brasileira de 2016. No período analisado, a aviação comercial é dominada por aviões com motores a jato, com 521 aparelhos, seguido de 135 modelos turbo-hélice, 20 convencionais e 10 helicópteros.

A aviação geral, categoria que reúne de jatos executivos até aviões agrícolas e aeronaves de asas rotativas, registrou no ano retrasado 11.156 aeronaves convencionais (aviões leves com motores a pistão), 2.122 helicópteros, 1.260 turbo-hélices, 762 jatos e 42 aviões anfíbios.

Planadores são registrados no Brasil no segmento de aviação experimental (João Mantovani)
Planadores são registrados no Brasil no segmento de aviação experimental (João Mantovani)

Já a aviação experimental, segmento que segue um regulamento diferente de certificações aeronáuticas e também uma série de restrições de voo, é o nicho com a maior variedade de “objetos voadores”. Em 2016, a categoria registrou 3.983 ultra-leves, 1.195 aeronaves convencionais, 372 planadores, 182 balões, 44 girocópteros, 26 aeronaves anfíbias, 22 turbo-hélices, 22 helicópteros e 20 jatos.

Onde estão os aviões?

O estado brasileiro com a maior frota no ano passado foi São Paulo, que liderou em todas as categorias com um total de 6.250 aeronaves. Minas Gerais aparece em segundo, com 1.851 aeronaves matrículas, seguido do Paraná, com 1.648 unidades registradas. O top 5 é completado por Mato Grosso (1.496 aeronaves matriculadas) e Rio Grande do Sul (1.437). O gráfico abaixo mostra a distribuição das aeronaves matriculadas no Brasil e suas respectivas categorias.

(Reprodução/Anuário Brasileiro de Aviação Civil 2017)
Clique na imagem para ampliar (Reprodução/Anuário Brasileiro de Aviação Civil 2017)

A versão digital do Anuário Brasileiro de Aviação Civil 2017 está disponível para download no site do Instituto Brasileiro de Aviação.

Veja mais: Aeroporto da Pampulha vira alvo de disputa política

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