Indonésia considera mais Rafales enquanto flerta com o chinês J-10C

País asiático já contratou 42 jatos da Dassault Aviation e aguarda primeiras entregas em 2026

Caça Rafale (Dassault)
Caça Rafale (Dassault)

Durante a visita oficial do presidente francês Emmanuel Macron a Jacarta, no dia 28 de maio, França e Indonésia sinalizaram a intenção de ampliar a parceria estratégica em defesa.

Um dos principais destaques foi o anúncio de negociações avançadas para uma nova encomenda de caças Rafale, que pode incluir entre 8 e 16 aeronaves adicionais, segundo fontes próximas ao Ministério da Defesa indonésio.

A nova aquisição complementaria o programa já em curso com a Dassault Aviation, que envolve 42 aeronaves Rafale contratadas em três fases: 6 unidades em fevereiro de 2022, 18 em agosto de 2023 e 18 em janeiro de 2024.

Com o novo pedido, o total da frota indonésia pode chegar a 58 caças Rafale, consolidando o país como um dos maiores operadores do modelo fora da Europa.

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Apesar dos contratos firmados, nenhuma aeronave foi entregue até o momento. A previsão é que os primeiros seis jatos sejam entregues no primeiro semestre de 2026, com as três primeiras unidades chegando entre fevereiro e março e as demais até o meio do ano.

Caça J-10CE do Paquistão (PAF)

Namoro com o J-10CE chinês

Ao mesmo tempo em que recebeu Macron, a Indonésia também revelou uma sondagem com a China por caças Chengdu J-10CE.

Segundo a agência estatal Antara, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Marechal Tony Harjono, confirmou que o país está avaliando uma possível encomenda do jato chinês.

Rafale e J-10 foram os protagonistas de combates aéreos entre Índia e Paquistão que acabaram com vitórias alegadas pelos paquistaneses.

O J-10CE (versão de exportação) teria derrubado ao menos um caça da Dassault com mísseis PL-15.

O batismo de fogo do jato chinês o elevou a estrela no mercado de aeronaves de combate.

Caça russo Sukhoi Su-27 da Indonésia (Commonwealth of Australia)

O namoro da Indonésia com a China, no entanto, é visto com ressalvas por especialistas. O país tem sido célebre em demonstrar interesse por diversos aviões, sem chegar a qualquer acordo.

Além da parceria frustrada com a Coreia do Sul pelo KF-21 Boramae, a Indonésia já anunciou um memorando de entendimento para caças F-15, sugeriu que iria comprar o KAAN, da Turquia, e chegou a tentar acordos para comprar Typhoons, Mirage 2000-5 usados e até o Su-35 russo.

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