Mesmo sem porta-aviões, Marinha do Brasil segue interessada no Gripen naval

Força naval atribui um oficial ao comitê da FAB para acompanhar a aquisição do Gripen NG

O Gripen M é a versão do novo Gripen proposta para operar a partir de porta-aviões (SAAB)
O Gripen M é a versão do novo Gripen proposta para operar a partir de porta-aviões (SAAB)
O Gripen M é a versão do novo Gripen proposta para operar a partir de porta-aviões (SAAB)
O Gripen M é a versão do novo Gripen proposta para operar a partir de porta-aviões (SAAB)

Segundo o website Jane’s, especializado na cobertura de temas militares, a Marinha do Brasil (MB) atribuiu um oficial ao Comitê Coordenador da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável pelo “Programa de Aeronaves de Combate” para acompanhar a aquisição de 36 caças Saab Gripen NG. De acordo com a página, a ação reforça o interesse da MB em adquirir a versão naval do Gripen, proposto pelo fabricante sueco em 2013.

A versão naval do Gripen, sugerida com modificações para operar a partir de porta-aviões, é chamada pela Saab de “Gripen M” (Marítimo). Ainda de acordo com o site, a Marinha também observa de perto o desenvolvimento da aeronave, no momento apenas em fase de estudos.

Como cita a página, a Marinha do Brasil procura uma nova aeronave para substituir a frota de caças-bombardeiros A-4 Skyhawk II, denominados no Brasil como AF-1. Os aviões atuais, nove modelos monopostos e três bipostos, estão em processo de modernização pela Embraer – a MB recebeu a primeira unidade atualizada, um AF-1B, em maio de 2015.

Segundo cronograma da Saab, os primeiros caças Gripen NG serão entregues à FAB a partir de 2019. O programa de aquisição da aeronaves também inclui a transferência de tecnologia, que permitirá ao Brasil fabricar pela primeira vez aeronaves avançadas de combate e com desempenho supersônico. Parte da encomenda de 36 aeronaves será construída no Brasil, na instalação da Embraer em Gavião Peixoto (SP).

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E o porta-aviões?

A Marinha do Brasil anunciou em fevereiro deste ano a “desmobilização” do NAe São Paulo, porta-aviões fabricado na França e adquirido pela força nacional no ano 2000. O Almirantado cancelou o plano de modernizar a embarcação, que caso concluído poderia estender sua utilização até meados de 2039.

Sobre a desistência de modernizar o navio, a Marinha do Brasil alegou na época do anúncio que o “alto investimento financeiro conteria incertezas técnicas e necessitaria de um longo período de conclusão”.

O NAe São Paulo podia transportar uma combinação de até 40 aviões e helicópteros (Foto - Marinha do Brasil)
O NAe São Paulo podia transportar uma combinação de até 40 aviões e helicópteros (Marinha do Brasil)

O porta-aviões NAe São Paulo foi construído na França no final da década de 1950 e foi lançado ao mar em 1960, como FS Fosh, e operou com a marinha francesa até 2000, quando foi substituído pelo modelo de propulsão nuclear Charles de Gaulle.

Mais aviões navais

A Marinha do Brasil também trabalha na modernização de quatro C-1A Trader, adquiridos dos Estados Unidos em 2010 – ao todo foram adquiridos oito aviões, mas apenas quatro modelos serão renovados. A versão atualizada, proposta pelo grupo Elbit Systems of America / M7 Aerospace, é chamada de KC-2 Turbo Trader.

A Marinha do Brasil adquiriu em 2010 dos EUA oito células do C-1 Trader - apenas quatro serão modernizados (US Navy)
A Marinha adquiriu em 2010 dos EUA oito células do C-1 Trader – apenas quatro serão modernizados (US Navy)

Segundo a Marinha, os KC-2, equipados com motores turbo-hélices, poderão cumprir tarefas como vigilância naval, operações de busca e salvamento, lançamento de paraquedistas reabastecimento aéreo de caças AF-1 e suporte logístico. O modelo atualizado está programado para voar em 2019.

Fonte: Poder Naval

Veja mais: Marinha do Brasil desativa porta-aviões NAe São Paulo

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