México vende Boeing 787 presidencial para o governo do Tajiquistão
Aeronave foi vendida pelo equivalente a R$ 465 milhões após quatro anos em que atual presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, prometeu se livrar do “elefante branco”

Mais de quatro anos após anunciar que se livraria do luxuoso Boeing 787 Dreamliner presidencial, o presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, finalmente encontrou um interessado pela aeronave, o governo do Tajiquistão.
Obrador anunciou na quinta-feira, 20, que o Boeing 787 da Fuerza Aérea Mexicana foi vendido ao país asiático por US$ 92 milhões, ou cerca de R$ 465 milhões.
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É o fim de uma longa jornada em que o presidente de esquerda buscou uma saída para dar um fim ao jato widebody, adquirido em 2012 pelo ex-presidente Felipe Calderón.

A aeronave, um 787-8, foi fabricada em 2009 e mantida na frota da própria Boeing. Em 2014 o jato foi enviado ao México com o registro XC-MEX, mas passou por um retrofit para servir como aeronave presidencial do país.
Embora tenha custado à época cerca de US$ 115 milhões, o 787-8 acabou consumindo quase o dobro para ser adaptado ao uso “VVIP”.
Foi o sucessor de Calderón, Enrique Peña Nieto, que utilizou a aeronave em seus deslocamentos durante o mandato até 2018.
Logo que assumiu o governo, Obrador se recusou a voar com o TP-01, como era designada a aeronave. Passou então a buscar compradores em empresas e governos e, sem sucesso, sugeriu uma “rifa” para se livrar do Boeing.
“Depois de muito tempo, conseguimos vender o avião”, disse López Obrador em vídeo gravado dentro do 787 que nunca usou. “Vamos usar o dinheiro da venda do avião para construir dois hospitais”, disse ele