NASA vai testar avião com asas dobráveis

Segundo a agência espacial, conceito reduz o consumo de combustível e melhora o controle da aeronave
A Nasa vai testar o novo conceito em 2017, com modelos de pequena escala (NASA)
A Nasa vai testar o novo conceito em 2017, com modelos de pequena escala (NASA)
A Nasa vai testar o novo conceito em 2017, com modelos de pequena escala (NASA)
A Nasa vai testar o novo conceito em 2017, com modelos de pequena escala (NASA)

A Nasa não vive apenas de viagens ao espaço. A agência espacial dos Estados Unidos também é um importante colaborador no desenvolvimento da aviação. O projeto da vez é um avião com asas que podem dobrar durante o voo, solução que pode ajudar a reduzir o consumo de combustível e melhorar o controle e estabilidade da aeronave, segundo a pesquisa da agência.

O conceito, chamado pela Nasa de Spanwise Adaptive Wing (SAW – Asa com Envergadura Adaptativa), propõe dobrar as pontas das asas para cima, o que reduz a envergadura do avião, facilitando o trabalho em solo, ou para baixo e em voo, reduzindo o arrasto aerodinâmico da aeronave, pois essa solução permite diminuir o tamanho do leme na cauda.

A agência espacial norte-americana ainda afirma que o conceito também pode ser útil em aeronaves comerciais supersônicas, outro tema também pesquisado pela Nasa atualmente. Os primeiros testes práticos com a tecnologia estão programados para o segundo trimestre de 2017, com protótipos de pequena escala e não-tripulados.

Asas com dobradiças

A próxima geração do Boeing 777, o 777X, terá asas tão grandes que a fabricante está considerando dobrá-las para permitir sua operação em solo, caso contrário ele literalmente não vai caber nos aeroportos.

A agência afirma que o conceito reduz o arrasto aerodinâmico do avião (NASA)
A agência afirma que o conceito reduz o arrasto aerodinâmico do avião (NASA)

Por isso, a Boeing está realizando pesquisas sobre um dispositivo, uma espécie de dobradiça, que pode reduzir em até 5,5 metros a envergadura das asas do 777X, que devem alcançar cerca de 71 metros de uma ponta a outra.

A solução não é novidade. A própria Boeing já patenteou esse sistema para o 737, mas não levou a ideia adiante. Aviões militares de uso naval, especialmente os de maior porte, dobram suas asas e assim reduzem os espaços que ocupam nos porta-aviões.

O conceito de asas que podem dobrar durante o voo já foi testado no XB-70 Valkyrie, protótipo de bombardeiro supersônico que voou pela primeira vez em 1965. Nesse projeto, o objetivo do dispostivo também era melhorar a estabilidade da aeronave e ajudar na redução do consumo de combustível.

Veja mais: Co-piloto robô é testado nos EUA

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