Nova fabricante brasileira de aviões, Desaer deve iniciar obras de fábrica em Minas Gerais em setembro

Governo do estado anunciou investimento de R$ 685 milhões na unidade fabril, que será erguida em Araxá e deve entrar em funcionamento em 2025
Desaer ATL-100
ATL-100: Desaer quer aproveitar o nicho de mercado abandonado pela Embraer com o fim do Bandeirante (Divulgação)

Empresa fundada por ex-funcionários da Embraer, a Desaer deve iniciar as obras da sua fábrica na cidade de Araxá (MG) em setembro. Na última sexta-feira (3), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e diretores da nova fabricante de aviões brasileira anunciaram um investimento de R$ 685 milhões no projeto.

A fábrica deverá gerar 820 empregos diretos e indiretos e criar um novo pólo de aviação no país em um terreno de 278 mil m² cedido pela prefeitura do município. Zema e Evandro Fileno, CEO da empresa, ressaltaram o fato de que a unidade era disputada por sete estados ” mas escolhemos Minas Gerais pela forma amigável e transparente com que o Governo de Minas nos tratou do início ao fim das negociações. A cidade de Araxá, por sua vez, também nos ofereceu ótimas condições para a realização dos ensaios com as aeronaves”, disse o empresário.

A Desaer tem dois projetos de turboélice em gestação, o ATL-100, para 19 passageiros, e o ATL-300, de maior porte, capaz de ser configurado com até 40 assentos. O primeiro conta com um pedido de cinco unidades no Brasil e outras sete aeronaves como opções de compra de um cliente no Uruguai.

Com configuração de asa alta e rampa traseira de carga, o ATL-100 também pode ser usado para transporte aeromédico, de tropas ou paraquedistas, patrulha e vigilância, entre outras missões.

A previsão é que a fábrica comece a operar em janeiro de 2025. Até lá, a Desaer deve realizar o primeiro voo do ATL-100 e iniciar a fase de ensaios para obtenção da certificação perante à ANAC.

O projeto do ATL-100 e do ATL-300, uma aeronave multimissão, passaram a ganhar maior importância diante do fim do programa STOUT, da Força Aérea Brasileira.

Parceria com a Embraer, o projeto previa o desenvolvimento de uma aeronave híbrida avançada para substituir o Bandeirante. Sem um concorrente nacional, os turboélices da Desaer poderão em tese suprir uma possível necessidade da Aeronáutica num futuro breve.

O ATL-300 tem vocação militar como seu irmão menor, ATL-100 (DESAER)

 

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