Prefeitura de SP quer museu aeroespacial no Campo de Marte até 2024, diz jornal
Atração em São Paulo pode ser a nova casa do acervo de aeronaves do antigo Museu da TAM
O tão aguardado Museu Aeroespacial no Aeroporto Campo de Marte, na zona norte de São Paulo, pode abrir as portas em 2024, segundo reportagem do Estado de São Paulo. A notícia acompanha os desenvolvimentos do acordo de posse assinado na última quinta-feira (17) pelo governo federal e a Prefeitura de São Paulo, que cedeu a maior do parte do terreno do aeródromo à União.
A parte do terreno do aeroporto que ficará sob administração da prefeitura é uma área de 400.000 m², área que não inclui as instalações aeroportuárias do Campo de Marte – essa parte, de 1,8 milhão de m², foi para o governo federal, que em contrapartida extinguiu uma dívida de R$ 25 bilhões do município.
Com a conclusão do acordo, a prefeitura pode dar continuidade ao plano de criação do Parque Campo de Marte, que inclui o Museu Aeroespacial. Um procedimento preliminar de manifestação de interesse (PPMI), está aberto desde o começo de fevereiro e será encerrado no próximo dia 28 de março. Nesse processo, o setor privado pode enviar sugestões sobre projetos de construção, implantação e gestão da atração.
De acordo com o edital da Prefeitura de São Paulo, o museu pode ocupar uma área de até 60.000 m² no projeto Parque. E aeronaves para expor nesse espaço não faltam.
Em contato recente com o Airway, João Amaro, um dos responsáveis pelo acervo de aviões e helicópteros do antigo Museu Asas de um Sonho, o popular “Museu da TAM”, em São Carlos (SP), revelou que havia iniciado conversas com a Prefeitura de São Paulo para transferir a coleção de aeronaves para uma área no Campo de Marte.
João e seu irmão Rolim Amaro, fundador da companhia TAM Linhas Aéreas falecido em 2001, foram os idealizadores do Museu Asas de um Sonho, que fechou em 2016.
“Nunca perdi a esperança de trazê-lo para São Paulo para colocar o acervo de mais de 100 aeronaves à disposição dos paulistanos amantes da aviação, crianças, estudantes, enfim, da humanidade”, disse Amaro.
A antiga atração da TAM era o maior museu aeroespacial privado do mundo, com uma coleção repleta de aeronaves históricas, como antigos aviões Fokker 27 e 100 que operaram com a companhia e caças da Segunda Guerra Mundial em condições de exposições impecáveis, entre eles um P-47 Thunderbolt que pertenceu ao grupo “Senta a Púa!” da Força Aérea Brasileira.
Apesar de ser a casa de tantas estrelas, o Museu da TAM era muito distante de São Paulo e de outros grandes centros urbanos e por isso nunca foi um sucesso de público. Será que finalmente veremos essas raras máquinas expostas novamente e de preferência num local de fácil acesso?
