“Sessentão”, C-130 Hércules pode ganhar asas com winglets

Comum na aviação comercial, dispositivo nas asas reduz o consumo de combustível da aeronave
O fabricante afirma que os winglets podem reduzir o consumo de combutível do Hercules em 10% (Divulgação)
O fabricante afirma que os winglets podem reduzir o consumo de combutível do Hercules em 10% (Divulgação)
O fabricante afirma que os winglets podem reduzir o consumo de combutível do Hercules em 10% (Divulgação)
O fabricante afirma que os winglets podem reduzir o consumo de combutível do Hercules em 10% (Divulgação)

No alto de seus 62 anos de existência, o clássico Lockheed Martin C-130 Hercules ganhou asas com “winglets”, dispositivo aerodinâmico muito comum na aviação comercial e executiva. A nova configuração é oferecida pela Tamarack Aerospace Group, empresa dos Estados Unidos que desenvolve soluções aeronáuticas.

De acordo com a Tamarack, os winglets reduzem o arrasto aerodinâmico da aeronave e, consequentemente, o consumo de combustível, em cerca de 10%. A empresa ainda diz que a solução também aumenta a vida útil das asas do Hercules, além de melhorar as performances do avião em altas temperaturas e grandes altitudes. E os benefícios não param por aí.

O fabricante, que chama o sistema de Atlas, ainda diz que os winglets podem ajudar o Hercules a decolar com maior peso de decolagem e conseguir melhores performances em pistas curtas, exigindo menos espaço para pousar ou alçar voo.

Em abril deste ano, a força aérea dos EUA (USAF) já havia testado um C-130 Hercules com winglets, para analisar o potencial da tecnologia no veterano avião de transporte militar. A aeronave, um MC-130J, realizou oito voos nos céus da Flórida, mas a USAF ainda não divulgou nenhum resultado sobre o teste.

Já viu um Hercules com winglets? A USAF testou um neste ano (USAF)
Já viu um Hercules com winglets? A USAF testou um neste ano (USAF)

Como funciona o winglet?

O winglet é um componente aerodinâmico instalado na extremidade das asas de um avião. A função do dispositivo é reduzir o arrasto aerodinâmico gerado pelo vórtice na ponta da asa. Em termos simples, a peça cria uma barreira que dispersa a corrente do vórtice, impedindo que ela retorne a asa. O componente também aumenta a sustentação da aeronave e reduz o nível de vibrações durante o voo.

Ao diminuir o arrasto aerodinâmico, ou seja, a capacidade do avião de “furar” o ar, o consumo de combustível é reduzido e a velocidade aumenta, pois a aeronave voa fazendo menos esforço. Atualmente, os winglets estão em praticamente todas as aeronaves comerciais a jato no Brasil e também espalhadas pelo mundo em grandes proporções.

Como o vórtice aerodinâmico atua na asa convencional (a esquerda) e na asa com winglets (Olivier Cleynen)
Como o vórtice aerodinâmico atua na asa convencional (a esquerda) e na asa com winglets (Olivier Cleynen)

Muitos aviões Airbus, Embraer e Boeing já saem de fábrica com winglets (ou “sharklets”, no caso da Airbus), e o componente também pode ser introduzido em aeronaves usadas. E parece não haver limites para o uso do recurso. Além do Hercules, outra aeronave antiga que já testou o dispositivo foi Antonov AN-2, projetado na década de 1940.

Veja mais: Primeiro Airbus A330neo entra na linha de montagem final

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