‘Wolverine’ pode estrear pela Força Aérea do Iraque

Aeronave turbo-hélice de ataque ao solo é o principal rival do Embraer Super Tucano
O AT-6 'Wolverine' é o principal concorrente do Super Tucano no programa OA-X (Textron)
O AT-6 ‘Wolverine’ é o principal concorrente do Super Tucano no programa OA-X (Textron)

O AT-6 'Wolverine' pode carregar 15 tipos diferentes de armamentos (Beechcraft)

O AT-6 ‘Wolverine’ pode carregar 15 tipos diferentes de armamentos (Beechcraft)

A Beechcraft Aircraft, tradicional fabricante norte-americana de aviões “pacíficos”, que entrar no ramo militar. A empresa tenta a todo custo vender o avião de ataque ao solo AT-6 ‘Wolverine’ às forças do Iraque, que estão sendo reformuladas com ajuda dos Estados Unidos, após a queda de Saddam Hussein. Russ Barlett, presidente da empresa, revelou ao site FlightGlobal detalhes da proposta feita aos iraquianos, que é dada como certa.

A fabricante, em parceria com os EUA, que deu aval para a venda dos aviões ao Iraque, vai oferecer 24 unidades do Wolverine, divididas em quatro lotes de seis aeronaves. Segundo Barlett, pelo menos a venda de um lote é garantida.

O presidente da Beechcraft ainda acredita que o fato da Força Aérea do Iraque já utilizar o treinador T-6 Texan II (versão simplificada do AT-6 Wolverine) pode facilitar a compra. As aeronaves compartilham uma série de componentes, o que facilitaria a transição de pilotos.

Tucano no sapato

Aeronaves militares fabricadas nos EUA são consideradas algumas das melhores do mundo. O Wolverine, no entanto, vem encontrando uma dura concorrência no mercado mundial e até hoje, em cerca de cinco anos de divulgação, ainda não emplacou em nenhum país.

Em todas as disputas recentes lançadas por nações em busca de um novo avião de ataque leve, o AT-6 acabou vencido pelo Embraer Super Tucano. Países como Afeganistão, Líbano e até mesmo os EUA, escolheram o modelo brasileiro após compará-lo ao Wolverine.

O Wolverine pode voar a 585 km/h (Beechcraft)
O Wolverine pode voar a 585 km/h (Beechcraft)

O próprio Iraque também se interessou pelo Super Tucano, que no caso seria fornecido pela Sierra Nevada, parceira da Embraer nos EUA. No entanto, de acordo com as declarações do presidente da Beechcraft, a balança enfim pode ter virado para o lado do Wolverine.

Barlett afirmou que a compra do Iraque poderá ser decisiva para o AT-6. Com a garantia desse negócio, a empresa deverá iniciar o processo de certificação militar da aeronave, o que a tornará mais atrativa aos clientes estrangeiros. No entanto, o próprio presidente da Beechcraft admitiu que o Super Tucano e o IOMAX Archangel, outro concorrente do Wolverine, são superiores em desempenho.

As garras do AT-6

O avião da ataque da Beechcraft pode carregar 15 tipos de armas diferentes, como mísseis, foguetes e bombas guiados a laser, além de sensores de vigilância. É um avião bem armado e capaz de causar grandes danos com seu variado leque de armamentos “inteligentes”.

O desempenho do Wolverine, entretanto, fica aquém dos concorrentes. O Super Tucano, por exemplo, pode disparar a maioria das armas do AT-6 com a vantagem de ser mais rápido e manobrável. As aeronaves também preços quese iguais: cerca de US$ 12 milhões por unidade.

Se for de fato adquirido pelo Iraque, o Wolverine terá grandes chances de provar sua capacidade em combate contra as forças insurgentes do Estado Islâmico.

“É realmente um grande passo por parte da Força Aérea do Iraque para ajudar as empresas como a nossa, que investimos por conta própria para construir duas aeronaves e obter alguma ajuda para colocá-las no mercado”, finalizou Bartlett.

Veja mais: Líbano confirma a compra de aeronaves Super Tucano

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  1. Se custam mais ou menos o mesmo preço, por que o Iraque vai preferir o “Wolverine”, que é inferior??? Só pode ser pressão dos EUA……..

  2. Porque não é só o valor da aeronave….tem treinamento, peças, oficinas, ferramental etc que no caso do Wolverine já estão a disposição conforme diz o texto em relação ao T-6 Texan II (versão simplificada do AT-6 Wolverine)

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