‘Airbus chinês’, C919 atrasa mais uma vez

Aeronave da COMAC ainda precisa realizar inúmeros voos de testes antes de atingir os requisitos da Civil Aviation Administration of China (CAAC), o que só deve ocorrer em 2022

COMAC C919
O C919 é o primeiro jato comercial desenvolvido inteiramente na China (COMAC)

Apesar de voar desde maio de 2017 e contar com nada menos que seis aeronaves de testes, o novo jato comercial chinês C919 ainda não obteve a certificação de tipo da CAAC (Civil Aviation Administration of China), a ‘ANAC’ chinesa.

Apelidado de ‘Airbus chinês’, devido às semelhanças de seu projeto com o A320, o jato bimotor está há anos em desenvolvimento, num processo desgastante que culminou com acusações de espionagem feitas pelos EUA.

Mesmo assim, até meados do ano, a expectativa era que a aeronave da COMAC fosse homologada no final de 2021, abrindo caminho para o início da operação comercial no ano que vem.

Porém, a autoridade de aviação civil chinesa confirmou na semana passada que o C919 só deverá concluir sua certificação em 2022. A informação foi compartilhada pelo executivo chefe da CAAC, Yang Zhenmei, na sexta-feira (3) em um fórum de aviação realizado em Xangai.

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Imagem do que seria o primeiro C919 de produção em série

Zhenmei revelou que os protótipos do C919 realizaram apenas 34 voos de certificação até o início de dezembro, quando seriam necessários 276 ciclos.

Até então, esperava-se que o primeiro jato comercial fosse entregue em dezembro à OTT Airlines, subsidiária da China Eastern Airlines, a única companhia aérea a assinar contrato de compra e venda da aeronave, com cinco aeronaves.

Em novembro, o projetista-chefe do C919, Wu Guanhua, propôs que o programa recebesse mais recursos financeiros e aumento da força de trabalho, além de priorizar os testes para concluir a certificação.

O C919 é o maior avião comercial já desenvolvido na China e o primeiro a ser concebido completamente no país. A COMAC também produz o ARJ21-700, um jato regional baseado no antigo MD-95, dos EUA.

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