Airbus e Boeing usarão fábricas gigantes para produzir aviões pequenos

Com o fim da linha do 747 e do A380, as maiores fábricas de aviões do mundo serão convertidas para produzirem aeronaves de um corredor
Maior edifício do mundo: fábrica da Boeing em Everett foi erguida para abrigar a produção do 747 (Boeing)

Maiores edifícios do mundo, a fábrica da Boeing em Everett, nos Estados Unidos, e a planta Jean-Luc Lagardere da Airbus em Toulouse, na França, estão neste momento sem grande utilidade após o fim da produção dos gigantes 747 e A380. No entanto, esse marasmo não deve durar muito tempo.

Segundo a agência Reuters, as duas fabricantes estão preparando uma remodelação nos prédios mais amplos do planeta. Construídos para abrigar as linhas de montagem dos maiores aviões comerciais de todos os tempos, esses locais serão adaptados para construir aeronaves bem menores a fim de acompanhar a demanda do mercado por esse tipo de produto.

Na segunda-feira (30/1), a Boeing informou que pretende criar uma terceira linha de montagem do 737 MAX em Everett até 2024. Com a base de construção adicional do 737 na antiga fábrica do 747, a companhia dos EUA deve aumentar a produção mensal de aeronaves de um corredor das 30 unidades atuais para 50 num futuro próximo.

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A Airbus, por sua vez, já está no meio do caminho da instalação de uma linha de montagem adicional do A321neo na planta Jean-Luc Lagardere. O grupo aeroespacial europeu também anunciou recentemente planos para expandir a fábrica no Alabama, nos EUA, onde são produzidos jatos da família A320neo. Desta forma, a fabricante espera elevar a produção de jatos de corredor único de 45 exemplares mensais para 75.

A partir de 2018, a linha de montagem do A380 vai trabalhar no menor ritmo de sua história; a fabricante planeja montar apenas 12 aviões no próximo ano (Airbus)
A produção do A380 terminou em 2021 (Airbus)

Entretanto, analistas consultados pela publicação afirmaram que as fábricas gigantes da Boeing e da Airbus, mesmo reformuladas para abrigarem a montagem de outras aeronaves, ainda terão capacidade ociosa. Portanto, haverá margem para as duas empresas aumentarem ainda mais a produção ee entrega de jatos de um corredor ou quem sabe até implantar novos produtos.

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