Airbus quer reduzir o número de pilotos no cockpit de aviões comerciais

Grupo europeu aposta no uso de inteligência artificial para assumir tarefas rotineiras no voos
Avanços tecnológicos podem extinguir a profissão de co-piloto na aviação comercial (Airbus)
Avanços tecnológicos podem extinguir a profissão de co-piloto na aviação comercial (Airbus)

O grupo Airbus está trabalhando no desenvolvimento de tecnologias para reduzir o número de pilotos necessários no cockpit de aviões comerciais, apontou uma executiva da empresa na última semana durante o festival de inovação Innovfest Ubound, realizado em Cingapura.

“Incorporar mais e mais inteligência artificial em nossos sistemas nos permitirá realmente aliviar os pilotos de terefas mias mundanas e rotineiras, mantendo o elemento humano na cadeia de decisões estratégicas e o tipo de tomada de decisão das tarefas”, disse Grazia Vittadini, diretora de tecnologia da Airbus, em entrevista ao CNBC.

A executiva afirmou que o desenvolvimento dessa área levará a Aibus “a caminho de, um dia, alcançar a meta de operação com um único piloto”. Grazia acrescentou que essa mudança pode solucionar a falta de pilotos, especialmente quando o crescimento da aviação está superando a expansão econômica mundial.

Como resultado final, Grazia apontou que a inteligência artificial será o fator diferenciador que tornará os aviões autônomos no futuro.

Em relação às preocupações decorrentes da redução de pilotos no cockpit, a executiva disse que a Airbus prioriza a segurança acima de tudo e nunca seguirá para um nível mais baixo de segurança que o atual.

O cenário de aviões completamente autônomos levará tempo, afinal foram necessários 60 anos para passar de quatro para dois pilotos, observou a diretora de tecnologia da Airbus, acrescentando que os passageiros poderão se adaptar às novas tecnologias gradualmente.

“Nossos avós nunca teriam entrado em um elevador sem um ascensorista. Hoje, um passeio de elevador não é nada excitante ou preocupante para nenhuma de nós”, completou Grazia.

Reduzir o número de pilotos nos cockpits de aviões comerciais é atualmente um dos principais desejos de companhias aéreas, embora ainda esteja muito longe de acontecer. Além de adaptar o mercado de aviação ao crescimento econômico, essa mudança também vai permitir aos operadores baixarem seus custos com salários de tripulantes e treinamentos.

Veja mais: Boeing entrega último jato da série 737 NG

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  1. Gostaria de saber APENAS uma coisa , como se dará a qualificação de um comandante em uma aeronave dessas se ele NUNCA voou ela de copiloto . De onde esse INFELIZ vai tirar a experiencia para tornar – se cmte ? … de outras aeronaves … ? … É muito diferente voar uma aeronave de 8 toneladas e passar para outra de 100 , e NÃO TEM nenhum simulador no mundo que substitua as horas de voo como copiloto .

  2. Elementar meu caro watson !
    Foi dada a largada ,isto significa que estes aviões ,não mais precisará de pilotos ,somente a inteligência artificial e o que deveria ser o piloto ,vai ser o profissional em TI , e assim como na comercial a aviação agrícola será substituída por super drones ,com capacidade de 3.000 litros de produto ,e operará no período noturno ,com a melhor das condições de aplicação ,atingindo o alvo na mosca .Mas isto deverá começar nos próximos anos ,se duvidar à partir de 2022.
    Eu também sou piloto ,com mais de 30 anos de aviação , e isto ocorrerá indubitavelmente .

  3. Censo que o salário de um comandante e co piloto não são o que mais impacta no custo do vôo

  4. Discordo! Quando se diz que o mercado de pilotos comerciais e executivos está em falta para o setor da aviação comercial, no mundo. O que falta mesmo na aviação e mas encentivo financeiro das mesmas, junto com o governo custiat sonhos de jovens pilotos e pilotos entusiastas e pilotos da Aviação virtual como que nem o ensino fundamental completei mas tenho noção de um boieng 737 800 e C172 e conhecimentos básicos de voo VFR e IFR, coisas como ILS ou EGPWS ADF, NDB ou VOR. Essa executiva da Airbus está equivocada sobre esse ideia de 1 piloto só para o cockpit, não se aplica as normas dos órgãos e. agência reguladora do setor. Totalmente fora de cogitação! Tem o meu repúdio tal publicação e estratégias da Airbus de baretear custos e. Não observância dos ricos de vôos domésticos e de vôos internacionais.

  5. Posso estar enganado, mas um avião de carreira jamais poderia voar sem um segundo piloto, pelo simples fato de que algo (sempre) poderá acontecer e nenhuma tecnologia resolverá o problema caso, por exemplo, o piloto fique sem condições por um mal súbito ou qualquer outro problema. Meio incompreensível isto. Reduzir custos por esta via é, no mínimo, irreal.

  6. Eu nasci gostando de aviões. Admiro e respiro aviação. Mas não teria coragem de entrar em um avião com apenas um comandante. Acho ridículo comparar um elevador a um avião. E se acontece algo com esse único comandante? Eles querem reduzir gastos,mas minha vida vale muito mais .Acredita que milhares de pessoas também não entrarão em um avião com apenas 1 comandante.

  7. A que ponto chega a ganância do ser humano , imaginem se o piloto tiver uma crise convulsiva ou ataque cardíaco repentino quem vai pilotar a máquina?

  8. Podem inventar a máquina mais moderna do mundo, mas Jámais confiaria a operação por 1 só ser humano…A segurança das operações tem quer ser reduntandes sempre.

  9. Atualmente há em torno de 580 aeronaves (tipos) militares, drones ,e submarinos Drones, totalmente autônomos. Não há nenhum piloto a bordo. Uma aeronave em voo no Afeganistão está sendo comandada na base aérea de Las Vegas e com precisão mortal. A Nasa envia sondas para Marte e erra o pouso em 00:00:31 segundos após meses de viagem. Metrô, trem, taxi, ônibus, aviação agrícola, aeronaves de carga e finalmente aeronaves de passageiros já estão passando pela transformação de diminuição de humanos a bordo para a sua total extinção. Em 1950 tínhamos 5 tripulantes na cabine de comando, hoje 1 em muitas aeronaves executivas. O correio da China já voa uma aeronave sem pilotos. Faz a entrega de encomendas expressas a 1.600 Km de distancia. No futuro não haverá mais pilotagem por humanos, será um futuro de 100% autônomos e no máximo um acompanhante ou piloto monitorador na aeronave comercial. O Cmte pode sim ter seu ataque cardíaco ou ir ao banheiro. Não estará pilotando nada. Não só a Airbus prepara sua cabine com um (1) piloto monitorador, ATR e Boeing também estudam essa possibilidade. Possivelmente o tão falado turboélice da Boeing Brazil (ex-Embraer) seja a primeira aeronave regional com um único piloto e outros avanços. Os conceitos e avanços moldam nossa percepção de segurança e transporte seguros, assim, as gerações futuras expressarão medo ao ser convidadas a voar em uma aeronave comandada um um humano suscetível a muitos erros, irão preferir as autônomas porque sua geração já nasceu nesse novo conceito. Tudo é uma questão de tempo, como a realidade dos Drones e a realidade virtual. Senhores pilotos, aproveitem os últimos anos de comando direto em suas aeronaves. A areia da ampulheta desse tempo já escoa rapidamente para o fim. Saudações,

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