Cancelamento de pedidos da Emirates pode encerrar produção do A380

Fabricante confirma discussões comerciais com a Emirates em relação ao seu contrato com o A380
A Emirates é o maior operador do A380, com mais de 100 unidades na frota (Airbus)
A Emirates é o maior operador do A380, com mais de 100 unidades na frota (Airbus)
A Emirates é o maior operador do A380, com mais de 100 unidades na frota (Airbus)
A Emirates é disparado o maior operador do A380, com mais de 100 unidades em serviço (Airbus)

Por meio de um breve e discreto comunicado oficial, a Airbus informou nessa quinta-feira (31/1) que está em “discussões comerciais com a Emirates Airlines em relação ao seu contrato com o A380”. A movimentação da fabricante veio à tona após a publicação de relatos de que a companhia aérea de Dubai pode cancelar parte ou todos os seus pedidos pelo maior avião comercial do mundo.

A rescisão do contrato com a Emirates, disparado o maior cliente do A380, pode forçar a Airbus a encerrar a produção da aeronave, decisão que a fabricante considerou antes de garantir um novo acordo com a empresa árabe. Em fevereiro de 2018, a companhia confirmou um pedido firme por mais 20 aeronaves.

O mesmo comunicado da Airbus ainda aponta que detalhes das discussões com a Emirates são mantidos em sigilo. A fabricante também não comentou sobre o futuro do A380.

A decisão de cancelar as encomendas pelo A380 pode levar a Emirates a optar pelo A350, uma aeronave menor, porém, mais eficiente e com custos operacionais menores, apontou o Aviation Week. A companhia, a propósito, chegou a encomendar 70 jatos A350 na época de seu lançamento, mas cancelou o acordo em 2014 devido a preocupações de que os motores poderiam não atingir as metas de desempenho esperadas.

Desde o lançamento do programa A380 no ano 2000, companhias aéreas encomendaram apenas 321 unidades do “Superjumbo”, um número muito abaixo das expectativas iniciais da Airbus, que previa encomendas na casa dos quatro dígitos. Até o final de 2018, a fabricante entregou um total de 234 unidades da aeronave e 232 permanecem em operação – dois modelos que voavam com a Singapore Airlines, com 10 anos de uso, já foram desativados e estão em processo de desmantelamento.

Dos 87 modelos A380 ainda a serem entregues, 53 unidades são de pedidos da Emirates. A lista de encomendas ainda inclui compromissos com as companhias ANA, Qantas, Singapore Airlines e duas empresas de leasing, Amedeo e Air Accord.

Ainda de acordo com o Aviation Week, fontes da indústria acreditam que o CEO da Airbus, Tom Enders, pode encerrar o programa A380 antes de seu mandato no topo da empresa terminar em abril. Entretanto, essa decisão pode acarretar em multas substanciais à fabricante por quebra de contrato com as companhias que encomendaram a aeronave.

Veja mais: Nova lei pode obrigar a instalação de tomadas elétricas em aviões no Brasil

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  1. O A 380 não foi construído para ser um cargueiro e sim de passageiros para carga já tem o Antonove que e o maior avião cargueiro do mundo

  2. Eu acompanho a trajetória do A380 há algum tempo e é uma pena mesmo que essa trajetória esteja no fim. Aliás, sem a Emirates, com certeza, a Airbus já teria encerrado esse programa.

  3. Marco Andrade, também concordo, poderia ser muito util para companhias de cargas mas a Fedex já se interessou pelo a380 mas os custos daqueles 4 motores são gigantescos. Sinceramente não vejo porque as companhias não se interessaram tanto pelo a380.

  4. Parece que tentaram uma época um projeto para a versão cargueira mas não chamou a atenção….nessa o 747-8 saiu vencendo

  5. Normalmente aviões de grane porte são projetados para o transporte de pessoas e a partir desses projeto surgem as versões cargueira, hibrida, como o B747 Combi que leva tanto passageiros como carga, versão que voei na VARIG quando era tripulante. O A380 poderia ser um bom cargueiro, mas somente estudos poderão apontar se o custo operacional compensa. Apesar dos quatro motores, talvez uma versão mais moderna desses se consiga chegar a um patamar aceitável. O B747, menor, é um ícone também na versão cargueira.

  6. Não conheço as terminologias das aéreas, mas será que nunca pensaram nos tempos para efetuar o check-in e embarcar os passageiros, tempos de faxinas em cada paradas, água e catering direcionados por classes… Talvez aeronaves EMB 195 com autonomias de 9.000 km fossem mais rentáveis pelas flexibilidades em tudo. Assista o programa Aeroporto de Dubai e vejam quantas dificuldades para embarcarem todos os passageiros num A380. Foi um fiasco magistral da Airbus.

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