Empresas de design propõem versão executiva para o Airbus A220

Ainda fora dos planos da Airbus, versão executiva do A220 pode competir com a dupla ACJ319neo e o BBJ MAX 7
O A220 é produzido pela Airbus em fábricas no Canadá e nos EUA (Airbus)
A versão comercial do A220-300 pode transportar até 150 passageiros (Airbus)

A Airbus ainda não decidiu se vai oferecer uma versão executiva do A220, mas isso não está desanimando empresas de design de imaginarem como pode ser a versão VIP da aeronave, que antes era conhecida como Bombardier CSeries.

A Camber Aviation e a Krestel Aviation, ambas dos EUA, formaram uma parceria com o estúdio francês de design Pierrejean Vision as empresas de engenharia F/List e Flying Colors para criar propostas de cabines executivas para o jato regional na versão A220-300.

O projeto, que levou mais de 18 meses para ser criado, sugere dividir a cabine de passageiros em sete zonas separadas, incluindo áreas comuns, um escritório privado e uma suíte master com cama de casal queen-size e banheiro (incluindo chuveiro, é claro).

“A cabine foi projetada para permitir que cada comprador selecione configurações diferentes para as várias zonas flexíveis”, diz o grupo. Um lounge, por exemplo, pode ser convertido em uma sala de jantar com um “design exclusivo de mesa conversível, uma cabine aconchegante para relaxar, um lounge de mídia sob medida, além de um amplo escritório particular ou quarto de criança.”

Segundo a equipe que trabalha no A220 VIP, o conceito modular foi escolhido para simplificar o design da cabine, reduzir o tempo de construção e diminuir a produção e os “custos não recorrentes” de itens para aeronaves comerciais convertidas para voos executivos.

O pacote de comodidades para a aeronave ainda inclui recursos de comunicação por satélite (internet wifi e telefonia) e sistemas de entretenimento de áudio e vídeo. Para a cozinha, as empresas de design oferecem opção de fornos a vapor e de indução, máquinas de café expresso e um resfriador de vinho. Passageiros também poderão controlar a iluminação da cabine e chamar os comissários de bordo por meio de tablets.

Embora o espaço e o volume da cabine sejam equivalentes aos dos modelos ACJ319neo (versão executiva do Airbus A319neo) e o BBJ Max 7 (Boeing 737 MAX 7), o grupo afirma que o A220 executivo tem custos operacionais cerca de 20% mais baixos.

“O futuro das aeronaves corporativas baseadas em aviões depende da adoção de uma filosofia de design de cabine que seja acessível, reduz riscos e exceda as expectativas dos clientes quanto à personalização, usabilidade, estética e manutenibilidade”, diz Stephen Vella, executivo-chefe da Kestrel Aviation. “Nosso conceito de cabine mais do que atende a esses critérios.”

Outro nome interessado em produzir cabines executivas para o A220 é a Lufthansa Tecnik, divisão de manutenção aérea do grupo alemão Lufthansa. No ano passado, durante o Monaco Yacht Show, a empresa apresentou a cabine conceitual SkyRetreat para o jato da Airbus.

Com “desing minimalista e materiais naturais”: cabine conceital SkyRetreat da Lufthansa Tecnik (Divulgação)

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