Ex-dono da Avianca quer comprar companhia aérea colombiana por um dólar
Germán Efromovich, que hoje controla a Aeroitalia, teria feito proposta para o empresário William Shaw para ficar com a Ultra Air, que recentemente suspendeu operações

Um inusitado interessado pela companhia aérea de baixo custo colombiana Ultra Air surgiu na semana passada, Germán Efromovich. O empresário nascido na Bolívia, mas com várias nacionalidades incluindo a brasileira, enviou uma carta ao proprietário da empresa oferecendo o valor simbólico de um dólar para comprá-la.
A Ultra Air suspendeu seus voos no final de março por conta das dívidas estimadas em US$ 22 milhões. A empresa aérea chegou a ter uma proposta de compra pela chilena JetSmart, mas que foi retirada uma semana depois do anúncio.
Segundo relatos, William Shaw, fundador da Ultra Air, teria rejeitado a oferta, à espera de interessados que estejam dispostos a pagar um valor real pela empresa aérea, que operava em rotas domésticas na Colômbia com seis Airbus A320.
O possível retorno de Efromovich ao mercado de viagens aéreas colombiano seria uma resposta ao afastamento do empresário da Avianca, do qual esteve à frente por vários anos.
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Germán e seu irmão José Efromovich adquiriram a Avianca em 2004 quando a mais antiga empresa aérea sul-americana passava por dificuldades.
O grupo cresceu e nesse meio tempo os irmãos lançaram no Brasil a OceanAir, companhia aérea que mais tarde usaria o nome “Avianca Brasil”, embora as duas empresas não tivessem ligação direta.

Em 2010, a Avianca assumiu a TACA, companhia aérea da El Salvador, que era dirigida pelo empresário Roberto Kriete e permaneceu no grupo como acionista minoritário.
Após não conseguir pagar um empréstimo devido à United Airlines, Efromovich foi afastado da direção e posteriormente da sociedade da Avianca. Em 2019, a Avianca Brasil, também em crise, faliu, deixando um rastro de dívidas.

Não satisfeito, o empresário tentou adquirir a Alitalia e sem ter sucesso, fundou uma nova companhia aérea no país, a Aeroitalia, que hoje opera rotas com quatro Boeing 737-800.
Atualmente, a Avianca é dirigida por Kriete e tenta adquirir a Viva Air, uma low cost também fundada por Willian Shaw e que após problemas financeiros deixou de voar há pouco mais de um mês.