Milagre nos céus
Casos espetaculares de aviões que, mesmo em situações extremas, conseguiram pousar em segurança

As leis que regem o voo são um tanto quanto rígidas e quebrá-las normalmente significa um acidente em potencial. Mas há casos na história que contrariam essa lógica. Aviões que, mesmo perdendo partes importantes continuaram voando, na sua maioria, por mérito de uma tripulação bem treinada e focada. Verdadeiros heróis anônimos.
Airway relembra a seguir cinco casos emblemáticos que mostram como o impossível também pode acontecer quando estamos nos céus.
Pousando sem a cauda
Um dos casos mais curiosos de perda de partes móveis de um avião ocorreu em janeiro de 1964 com um bombardeiro B-52, um dos ícones da Guerra Fria. Num voo de teste no estado do Novo México, a tripulação, formada por profissionais da Boeing, testava a versão H do jato, a mais moderna na época.
A ideia era testar o jato em baixas altitudes numa mudança na forma que as missões do avião ocorreriam dali em diante. Após encerrar os testes, o B-52 subiu para cerca de 4 mil metros e encontrou uma forte turbulência que quebrou a cauda quase na sua base. Sem ela, o controle do eixo vertical do avião é quase impossível, além de prejudicar a estabilidade do aparelho.
Pois a tripulação da Boeing conseguiu manter o avião em voo até o pouso seguro realizado 6 horas depois. Para isso foi preciso mudar o centro de gravidade do jato e alterar algumas configurações a fim de dar aos pilotos algum controle.
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