Os caças do terceiro mundo

Aeronaves de combate projetadas nos anos 1950 ainda continuam em operação pelo mundo
Muitos países ainda operam aeronaves desenvolvidas na década de 1950 (Divulgação)
Muitos países ainda operam aeronaves desenvolvidas na década de 1950 (Divulgação)
Muitos países ainda operam aeronaves desenvolvidas na década de 1950 (Divulgação)
Muitos países ainda operam aeronaves desenvolvidas na década de 1950 (Divulgação)

Normalmente, a vida útil de uma aeronave de caça é de 30 anos, mas esse tempo pode ser estendido com atualizações. Em alguns casos, com ajuda desses processos, aeronaves de alta performance veteranas podem alcançar idades que beiram o extraordinário.

Programas de modernização são muitos comuns na aviação militar. Praticamente todos os caças são submetidos a esse processo em algum momento de suas carreiras, em qualquer força aérea do mundo.

O famoso caça-bombardeiro F/A-18 Hornet, da Marinha dos Estados Unidos (US Navy), por exemplo, já passou por duas modernizações profundas, nas quais recebeu sistemas atualizados e mudanças no design que o deixaram mais rápido. E trata-se de um avião relativamente novo: estreou em 1983.

Os programas de modernização dão aos caças sistemas de combate e voo atualizados, permitindo a instalação de armas mais avançadas, e o “pacote” muita vezes inclui modificações estruturais, colaborando para prolongar a vida útil da aeronave ou até melhorar suas performances, incorporando recursos aerodinâmicos de nova geração em projetos do passado.

Sem recursos para adquirir novas aeronaves, muitos países optam por prolongar ao máximo a vida útil de suas aeronaves de combate. Por isso, é comum que muitos caças de um passado já distante continuam em operação, mesmo em condições precárias. Conheça a seguir algumas das principais aeronaves veteranas que ainda voam:

McDonnell Douglas F-4 Phantom II

Um dos caças mais famosos dos EUA, o F-4 Phantom combateu na Guerra do Vietnã e também ajudou a proteger Israel por muitos anos. O aparelho começou a ser projetado pela antiga McDonnel Douglas (atualmente Boeing) em 1953 e voou pela primeira vez em 1958. E até hoje não parou.

Com muito custo, o Irã ainda mantém o F-4 Phantom em condições de voo (IRAIF)
Com muito custo (e muito combustível), o Irã ainda mantém o F-4 Phantom em operação (IRIAF)

O poderoso caça bimotor bateu recordes de velocidade, altitude e autonomia, além de rechear seu currículo com vitórias. O sucesso do F-4 atraiu dezenas de compradores e o modelo foi peça importante de forças aéreas de grandes potências, como Alemanha e Japão. Até 1979, a McDonnel Douglas fabricou 5.195 unidades do Phantom, das quais mais de mil foram exportadas.

Caro de manter, os F-4 começaram a ser desativados no final dos anos 1980, mas isso em países que podiam comprar aeronaves mais avançadas. O Phantom ainda está em operação na Turquia, Grécia, Egito e Irã. No entanto, nem todos esses aviões estão em boas condições, mesmo após seguidos programas de modernização, e boa parte está armazenada.

MiG-21

Caça com status de lenda projetado na década de 1950 pela fabricante russa Mikoyan-Gurevich, o MiG-21 foi operado por mais de 50 países no passado. E em pelo um quinto desses países, o modelo continua ativo.

A Croácia é o único operador do MiG-21 na Europa (Divulgação)
A Croácia é o único operador do MiG-21 na Europa (Divulgação)

O MiG-21 é o caça com motor a jato mais fabricado na história, com mais de 11 mil unidades produzidas. É um avião de altíssima performance, capaz de voar acima de 2.200 km/h, mas ao mesmo tempo de fácil manutenção, como mandava a doutrina soviética. O modelo foi declarado operacional em 1959 e foi produzido até 1985, ao menos na versão montada na URSS…

O caça também foi produzido na China, como Chengdu J-7, entre 1965 e 2013. Essa versão passou de 2.000 unidades produzidas e, assim como a versão soviética, foi exportada para diversos países, como Nigéria e Irã, onde permanecem voando até hoje.

O Paquistão opera a versão chinesa do MiG-21, o Chengdu J-7 (Divulgação)
O Paquistão opera a versão chinesa do MiG-21, o Chengdu J-7 (Divulgação)

O caça da MiG (nas versões fabricadas na Rússia e China) permanece em operação em 14 países. Alguns dos usuários mais importantes são as forças aéreas de Cuba, Índia, Coreia do Norte e Croácia. O modelo também é muito utilizado em países na África, como Uganda, Moçambique e Egito.

Dassault Mirage III/5

O Mirage III é outro antigo caça com eficiência comprovada em combate. O modelo supersônico da fabricante francesa Dassault voou pela primeira vez em 1956 e em pouco tempo provaria suas capacidades. A aeronave participou de diversos conflitos no Oriente Médio, em especial com a força aérea de Israel, e saiu vitorioso em praticamente todas as ocasiões.

As capacidades da aeronave despertaram não só o interesse das grandes força aéreas da França e Israel, que adquiriram centenas de unidades, como também atraiu diversos outros países, como Suíça, Austrália e o Brasil.

A força aérea de Paquistão ainda voa com o Mirage III (Divulgação)
A força aérea de Paquistão ainda voa com o Mirage III; as condições dos caças são desconhecidas (Divulgação)

O Mirage III foi o primeiro caça supersônico da Força Aérea Brasileira (FAB), que operou o modelo entre 1972 e 2005. A produção do aparelho, encerrada na década de 1990, alcançou 1.422 exemplares.

As forças aéreas do Paquistão e Equador são atualmente os únicos operadores da aeronave, ou que pelo menos ela costumava ser. A força aérea equatoriana, por exemplo, voa com o modelo Atlas Cheetah, uma versão bastante modificada do caça francês, desenvolvida na África do Sul. Já o Egito e Gabão operam o Mirage 5, versão simplificada do Mirage III que não possui radar.

Northrop F-5 Tiger II

Apesar da idade, o F-5 Tiger ainda é descrito como um dos melhores caças em combates próximos com outras aeronaves, os chamados “dogfights”. O aparelho foi desenvolvido pela Northrop na década de 1950 a pedido do governo dos EUA, sobretudo para reforçar países aliados em condições econômicas desfavoráveis.

O caça supersônico F-5 é o principal meio de interceptação do Brasil (FAB)
O caça supersônico F-5 é o principal meio de interceptação aérea da Força Aérea Brasileira (FAB)

Obedecendo esse critério, foi criado um caça compacto, de simples operação e manutenção e com preço baixo. O primeiro voo do F-5 aconteceu em 1959 e o modelo entrou em operação com a USAF em 1961 e de imediato foi exportado em grandes volumes.

O Tiger entrou em combate na Guerra do Vietnã com a USAF, atuando principalmente em missões de apoio próximo, e com o Irã, durante a Guerra Irã-Iraque (1980-1988). Nesse conflito, um F-5 iraniano abateu um MiG-25 iraquiano, na época um dos aviões mais rápidos do mundo. O modelo ainda participou de conflitos menores com o Marrocos e Quênia.

O F-5EM será o principal caça de defesa durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro (FAB)
O F-5EM será o principal caça de defesa durante as Olimpíadas no Rio de Janeiro (FAB)

O F-5 ainda está em operação em mais de uma dezena de forças aéreas pelo mundo. Um dos principais operadores é justamente a FAB, com uma frota que passa de 50 unidades. Os primeiros aparelhos chegaram ao Brasil em 1975 e atualmente a aeronave é o principal vetor de defesa aérea do país.

Parte dos F-5 da FAB é da série F-5M, versão modernizada pela Embraer com sistemas de armas, navegação e voo mais recentes. Esses modelos também passaram por uma revisão na parte estrutural, aumentando sua vida útil em cerca de 20 anos. Os primeiros F-5M estrearam em 2011.

Os F-5 modernizados em operação em Singapura são considerados os mais avançados do mundo (Divulgação)
Os F-5 modernizados em operação em Singapura são considerados os mais avançados do mundo (Divulgação)

A produção do caça da Northrop, finalizada em 1987, alcançou cerca de 3.800 unidades, volume que também contabiliza a versão de treinamento T-38. O F-5 também está ativo em países como México, Suíça, Tailândia, Turquia e Singapura.

MiG-23

Outro caça popular da Mikoyan-Gurevich, o MiG-23 é uma aeronave de combate multifuncional e extramente rápida: pode voar a mais de 2.400 km/h. O grande desempenho do avião desenvolvido nos tempos da URSS é alcançado graças a combinação de um motor muito potente e a concepção das asas de geometria variável.

O MiG-23 opera principalmente na África e Oriente Médio (Divulgação)
Os últimos MiG-23 operam principalmente em países na África e Oriente Médio (Divulgação)

Como o MiG-21, o “23” também foi produzido aos milhares, superando a marca de 5.000 unidades produzidas, entre 1967 e 1985. O caça tanto podia atuar como interceptador de alta velocidade, armado com mísseis de médio alcance, ou realizar bombardeiros de precisão.

As características do MiG-23 foram provadas pelo Iraque na guerra com o Irã, e pela dupla Líbia e Síria, em uma série de conflitos contra Israel. O caça soviético foi exportado para quase 30 países e segue em operação em nações como Cuba, Coreia do Norte, Angola e Etiópia.

Dassault Mirage F-1

Desenvolvido na década de 1960, o Mirage F1 foi a proposta da Dassault para substituir o Mirage III. Diferentemente do primeiro aparelho, com asa delta, o F1 retomou o conceito da asa enflechada, o que oferece a chance de operar em pistas menores, mas em contrapartida reduz a velocidade máxima.

O Mirage F1 ainda opera com a força aérea do Marrocos, uma das maiores da África (Divulgação)
O Mirage F1 ainda opera com a força aérea do Marrocos, uma das maiores da África (Divulgação)

O primeiro voo do F1 aconteceu em 1966 e a produção parou apenas em 1992, época em que a Dassault entregou cerca de 720 unidades do caça, a maioria para exportação. O modelo foi operado por mais de uma dezena de forças aéreas, como Espanha, África do Sul, Iraque e Equador, além da França, que desativou recentemente seus últimos exemplares.

Uma curiosidade interessante sobre o Mirage F1 é que ele foi utilizado em combate com praticamente todos os seus compradores. Com a França, operou na Guerra do Golfo, a Espanha usou seus modelos em missões da OTAN no Báltico, o Marrocos em conflitos com insurgentes e o Equador na Guerra do Cenepa, contra o Peru.

O Mirage F1, embora em condições limitadas, ainda está em operação nas forças armadas do Marrocos, Líbia, Irã e Gabão.

Douglas A-4 Skyhawk

Dono de um currículo de guerra e serviço impecável, o Douglas A-4 Skyhawk é o caça mais antigo do mundo que ainda permanece ativo. O primeiro protótipo decolou em 1954 e em dois anos a aeronave foi declarada operacional e colocada a serviço das forças armadas dos EUA.

O porta-aviões NAe São Paulo não realiza operações navais desde 2011
O porta-aviões NAe São Paulo não realiza operações navais com os caças AF-1 desde 2011 (Divulgação)

O Skyhawk não alcança velocidades supersônicas – atinge no máximo cerca de 1.100 km/h -, mas por outro lado leva uma quantidade considerável de armamentos para seu tamanho, com capacidade para até 4.000 kg. Também é reconhecido pela alta manobrabilidade e resistência.

O aparelho da Douglas foi um dos protagonistas da Guerra dos Vietnã, operando tanto com a USAF como o US Navy, em porta-aviões, e também foi uma arma decisiva a serviço de Israel em seguidos conflitos no Oriente Médio. Outro operador que disparou as armas do A-4 foi a Argentina, contra forças britânicas durante a Guerra das Malvinas.

O A-4AR é o atualmente o avião mais rápido da Fuerza Aérea Argentina (Rob Schleiffert)
O A-4AR é o atualmente o avião mais rápido da Fuerza Aérea Argentina (Rob Schleiffert)

A última vez que os Skyhawk entraram em combate foi na Guerra do Golfo (1990-1991), com as cores do Kuwait. Na ocasião, os caças ajudaram na defesa do país durante a invasão do Iraque, e posteriormente no contra-ataque, auxiliando a coalização liderada pelos EUA na operação “Tempestade no Deserto”.

Após o conflito, o Kuwait iniciou um processo de substituição de seus A-4 por caças F/A-18, e os modelos usados foram colocados à venda. Em 1997, o governo brasileiro comprou 20 dessas aeronaves para equipar a Marinha do Brasil. A Douglas produziu 2.960 unidades do Skyhawk, até 1979.

Primeiro AF-1 modernizado é entregue a Marinha do Brasil em Gavião Peixoto (SP)
Primeiro AF-1 modernizado foi recebido pela Marinha do Brasil em Gavião Peixoto (Divulgação)

No Brasil, os A-4 receberam a designação AF-1 “Falcão” e a Embraer desenvolveu um pacote de modernização para a aeronave, o AF-1M, com melhorias nos sistemas de armas e voo. Com as atualizações, a expectativa é que as aeronaves permaneçam em operação com Marinha por mais uma década. Cerca de uma dezena de aparelhos estão em condições de voo.

Além do Brasil, o último operador do A-4 é a Argentina, com uma frota de 36 aeronaves. Os Skyhawk argentinos foram modernizados na década de 1990 pela FMA (Fábrica Argentina de Aviones) com auxílio da Lockheed Martin.

IAI Kfir

Em 1967, após a Guerra dos Seis Dias, Israel foi submetido a um severo embargo de compra de armas pela França, então seu fornecedor habitual. Devido a constância dos enfrentamentos com países do Oriente Médio, os Mirage israelenses necessitavam de cuidados frequentes e alto nível de prontidão, o que exige peças de reposição e eventualmente a aquisição de aeronaves adicionais.

A Colômbia é um dos últimos operados do IAI Kfir (Divulgação)
A Colômbia é um dos últimos operados do IAI Kfir (Divulgação)

Sem poder adquirir armamentos em um período de fortes tensões nas fronteiras, Israel, por meio da IAI (Israel Aircraft Industries), copiou o Mirage III. Projetos originais da aeronave foram adquiridos na França por meio de espionagem, assim como os esquemas para fabricar os motores, copiados do F-4 americano. Ao todo, entre 1966 e 1983, foram produzidos cerca de 220 exemplares da aeronaves.

O resultado dessa combinação de projetos foi o Kfir, que em hebraico significa “Leãozinho”. Não só isso, em muitos aspectos, o modelo copiado era mais avançado que o Mirage III.

O Kfir também foi exportado. O principal operador estrangeiro foi a força aérea da Argentina, que operou a versão “Nesher”, baseada no Mirage 5. Com os argentinos, o caça entrou em ação na Guerra nas Malvinas, mas foi presa fácil para os Harrier britânicos. O Equador, outro comprador, utilizou o Kfir na Guerra do Cenepa, contra o Peru.

O caça da IAI segue em operação com as forças armadas do Equador, Colômbia e Sri Lanka, mas em condições de voo limitadas. Recentemente, a Argentina manifestou interesse em adquirir um lote de aeronaves usadas de Israel, mas a proposta acabou cancelada.

Dassault Super Étendard

Outro projeto consagrado da Dassault, mas com sucesso relativo de vendas, foi o Super Étendard, uma aeronave desenvolvida para operar a partir de porta-aviões. O modelo podia ser configurado para atuar como interceptador ou bombardeiro, mas sua principal tarefa ao longo de sua carreira foi a caça de navios.

A maioria dos Super Étendard argentinos estão estocados (Armada Argentina)
A maioria dos Super Étendard argentinos estão estocados (Divulgação)

Projetado no início dos anos 1970 a partir do Étendard, da década anterior, o modelo “Super” realizou seu voo inaugural em 1974 e quatro anos depois entrou em operação com a Marinha da França. Uma das “bases” dos Super Étendard franceses foi o porta-aviões NAe São Paulo, atualmente da Marinha do Brasil, que na época se chamava FS Foch.

Na década de 1980, a França alugou uma série de Super Étendard ao Iraque, que os utilizou de forma fulminante contra o Irã. Em 1982, os modelos da Armada Argentina, outro operador do caça, mostraram ao mundo o poder devastador do míssil anti-navio Exocet, afundando importantes embarcações britânicas na Guerra das Malvinas.

O aparelho foi desativado recentemente na França, quando operava a partir do porta-aviões nuclear Charles de Gaulle. A Argentina, único país estrangeiro que de fato comprou o Super Étendard, ainda mantém o veterano caça parcialmente em condições de voo. A Dassault entregou 85 exemplares da aeronave entre 1974 e 1983.

Veja mais: Conheça os jatos de combate que já voaram com a FAB

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  1. Até concordo em parte, o fato é que a aviônica embargada e a capacidade de possuir empuxo vetorial encarecem demais as aeronaves de última geração, sem falar na esdrúxula aerodinâmica que exige AI para que o “piloto” possa “comandar”. Aí o negócio é usar os “melhores”. Faltou menção ao Thunderbolt II, mas este merece um artigo à parte. Parabéns! Excelente pesquisa e artigo.

  2. Impressiona a “insistência” do valente e longevo Skyhawk em se manter na ativa, inclusive no Brasil. Sua biografia de combates é longa e diversa. A “corcunda” é um dos sinais da idade – para acomodar atualizações. Quanto aos outros, os que passaram pelas mãos israelenses, perde-se a conta das missões bem-sucedidas. Parece que há um DNA de sucesso nos pilotos daquele país. Um F-5 iraniano ter abatido um Mig-25 é pra ficar na história, embora este Mig não fosse um avião apropriado para duelos a curta e média distâncias.

  3. Boa noite, Thiago;

    Muito bom teu texto.
    Quanto ao acidente com aeronaves da Marinha, fico em dúvida se a causa foi a idade avançada das aeronaves. Velhas ou não, elas bateram voando, ou seja, cumpriam a sua finalidade.
    A aviação militar é feita de riscos, embora tentem minimizar através de padronização operacional, a forma de emprego, a proximidade das aeronaves e a velocidade acabam por reduzir o fator segurança.

  4. Há alguns outros casos no primeiro mundo de aviões veteranos, como o F-15 Strike Eagle, introduzido em 1988, e até hoje em atividade em cinco países, dentre eles Israel.
    O F-14 Tomcat, o protagonista de Top Gun, ficou em serviço nos EUA de 1969 a 1991, e provavelmente ainda está operacional no Irã, da época do Xá Reza Pahlevi.

  5. Os A-4 jamais foram usados pela USAF,só pela US NAVY e pelos Marines e a Marinha do Brasil adquiriu não 20 mas 23 células do Kuwait (20 monoplaces e 3 biplaces)

  6. Achei o título estranho à matéria. Afinal há excelentes e modernas aeronaves presentes em algumas FA’s do chamado terceiro mundo.

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