Primeiro caça Gripen brasileiro chegará ao país de navio

Aeronave de testes será enviada para a sede da Embraer em Gavião Peixoto (SP)
(SAAB)
A Força Aérea Brasileira vai receber 36 caças Gripen até meados de 2026 (SAAB)

O primeiro caça Gripen E brasileiro chegará ao país de navio, informou a Saab em vídeo divulgado nessa segunda-feira (29). Conforme apurou a Revista Asas na última semana, a aeronave deve desembarcar no Brasil em outubro.

Este primeiro aparelho ainda não será entregue à Força Aérea Brasileira (FAB). O jato, um modelo FTI (Flight Test Instrumentation) de testes, seguirá para a sede da Embraer em Gavião Peixoto (SP), onde continuará o programa de ensaios de voos, desta vez sob responsabilidade da fabricante brasileira.

Segundo o cronograma da FAB, os primeiros caças operacionais serão entregues a partir do próximo ano. Por aqui, o avião sueco será designado como F-39E Gripen (e o modelo biposto, F-39F). Ao todo, a Aeronáutica encomendou 36 aeronaves, sendo 28 modelos monopostos e oito bipostos. O 1° Grupo de Defesa Aérea (1° GDA), baseado em Anápolis (GO) será o primeiro esquadrão brasileiro a voar com o novo jato de combate.

A Saab também confirmou nesta semana o primeiro voo do sétimo protótipo do Gripen E e a expansão das bases de testes da aeronave. Além dos ensaios realizados a partir da sede da fabricante sueca em Linköping, protótipos serão deslocados para um outro local na Suécia e para o Brasil, países que até o momento são os únicos compradores do novo caça.

“No momento, estamos em um período de intensa expansão de envelope, em paralelo com testes táticos com todos os nossos sistemas de bordo, como radar, sistemas IRTS (sistema de rastreamento infravermelho) e de guerra eletrônica”, disse Mikael Olsson, diretor de testes de voo e verificações da Saab Aeronautics.

Gripen “Made in Brazil”

Além de comprar os novos caças Gripen, o Brasil também está aprendendo a produzir esse tipo de aeronave. O contrato firmado com a Suécia e a SAAB em 2013 também inclui a transferência de tecnologia do avião militar para a indústria brasileira. Nos próximos anos, o jato sueco-brasileiro vai assumir o posto dos caças F-5 Tiger e AMX da FAB.

Dos 36 caças encomendados pela FAB, 15 deles (oito modelos monopostos e sete bipostos) serão construídos integralmente no Brasil. A produção nacional do Gripen será concentrada na unidade da Embraer em Gavião Peixoto (SP). Engenheiros brasileiros também participam do desenvolvimento do Gripen F (versão para dois pilotos), modelo que até o momento foi comprado somente pela FAB.

A campanha de testes do Gripen E conta agora com sete protótipos (SAAB)

O primeiro Gripen monoposto produzido no Brasil está programado para ser entregue à FAB em junho de 2020 e os bipostos, a partir de setembro de 2023. O pedido deve ser concluído até meados de 2026.

A transferência de tecnologia para a construção do Gripen pode libertar o Brasil da necessidade de importar aviões de combate avançados. Com esse conhecimento adquirido, a indústria nacional será capaz de desenvolver seus próprios caças supersônicos para substituir os Gripen da FAB no futuro, algo que deve começar a partir da década de 2040.

Veja mais: FAB recebe terceira aeronave multimissão KC-390 da Embraer

 

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  1. Meu Deus! Fazem um estardalhaço que dura mais de 12 anos só pra comprar meia duzia de jatos. Eu tenho até vergonha.

  2. Rolou propina pro governo Lula para comprar esses aviões, ele é tão ” bom” que só o próprio país que fabrica e o brasil que os tem. Nenhum outro País comprou essa merda.

  3. 1° não é compra de lula ou bolsonaro é compra de Brasil.
    2° nem todo o dinheiro do país é para ser usado em creche e escola.
    3° foi escolhido pelo “custo operacional mais baixo” foi uma excelente escolha, e se está demorando, é porque precisa ser testado, testado e mais testado

  4. Eu acho que demorou muito pra escolherem o gripe poderiam na época em conjunto com os Estados Unidos os F-14 Tomcat, não teríamos ficado tanto tempo sem uma manutenção de caças da força aérea , e verdade Dilma e Lula só retiraram do país essa aquisição demorou demais foi pra não aparecer o rombo nos cofres públicos

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