Substituto do E190, Airbus A220 da JetBlue voa pela primeira vez

Companhia aérea fundada por David Neeleman deve receber novo jato ainda em dezembro como parte de pedido de 70 aviões que ocuparão o lugar dos jatos da Embraer
A JetBlue é o maior cliente do Airbus A220, com 100 aeronaves encomendadas (Airbus)
Primeiro A220-300 da JetBlue (Airbus)

A JetBlue, uma das companhias aéreas fundadas por David Neeleman, dono da Azul, está perto de receber seu primeiro Airbus A220. O jato de origem canadense realizou seu voo inaugural com as cores da empresa nesta semana em Mobile (EUA), revelou a fabricante. O CEO da empresa, Robin Hayes, afirmou recentemente que o primeiro de 70 jatos A220-300 será entregue em dezembro e deve iniciar serviço em 2021.

Sua missão será substituir a numerosa frota de 60 aviões E190 que a JetBlue opera desde 2005. Maior que o jato brasileiro, o A220 será capaz de transportar 140 passageiros contra 100 assentos do Embraer. E também oferecerá um alcance superior com maior economia de combustível.

Apesar disso, a aposentadoria dos E190 só deve ser concluída em 2025, segundo os planos originais da empresa. Com a pandemia, no entanto, essa previsão pode ser revista já que atualmente o avião brasileiro tem apenas metade da frota ativa enquanto quase todos os A320 e A321 da JetBlue estão em serviço, de acordo com o Planespotters.

Inicialmente, o A220-300 deverá assumir voos do E190 em cidades como Boston e Nova York e pode substituir provisoriamente o A320 em certas rotas por conta da oferta um pouco menor de assentos, combinada com uma economia operacional superior.

Derrota amarga para a Embraer

A escolha do A220 pela JetBlue em 2018 foi uma dura derrota para a Embraer, que oferecia o E195-E2 na concorrência. Embora o modelo brasileiro fosse mais próximo da capacidade do E190 de primeira geração e oferecesse custos atraentes, pesou uma maior versatilidade da aeronave da Airbus.

Segundo relatos da imprensa há dois anos, a JetBlue teria preferido o A220 por possibilitar voos sem escalas de costa a costa nos EUA, entre outras razões. A boa reputação da aeronave desenvolvida originalmente pela Bombardier também conquistou Neeleman, que a escolheu mais tarde para ser a principal aeronave sua nova low-cost Breeze. A diferença é que a companhia aérea também voará com os E-Jets de primeira geração em complemento ao A220.

A preferência pelo A220-300 tem sido bastante clara nos últimos anos. Enquanto a Embraer possui apenas 151 pedidos firmes pelo E195-E2, a Airbus já soma 541 encomendas apenas da maior variante do jato. São 90 aviões entregues contra nove modelos da Embraer até novembro.

Embraer E190 da JetBlue (PierreSelim/Wikimedia)

Veja também: Air France cogita o 737 MAX e o hipotético A220-500 para o lugar do A320

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