Airbus cria “força aérea” contra o coronavírus

Fabricante europeu, que paralisou quase toda a produção, reuniu aviões como o A350-1000, A330-800, A400M, MRTT e Beluga para transportar milhões de máscaras e outros equipamentos vitais
Airbus BelugaXL
O BelugaXL é baseado no jato comercial A330-200 (Airbus)
A Airbus planeja construir cinco unidades do novo BelugaXL (Airbus)
A Airbus escalou alguns dos seus maiores aviões para ajudar na luta contra o coronavírus, como o Beluga (Airbus)

Desde que a pandemia do coronavírus tomou proporções globais, várias empresas têm se mobilizado para ajudar a suprir hospitais com equipamentos e itens vitais para cuidar dos pacientes afetados pela doença, também conhecida pela sigla Covid-19. Mas a ação da Airbus chamou a atenção nesta semana.

Maior fabricante de aviões comerciais do mundo, a empresa decidiu escalar alguns dos seus maiores jatos em uma força-tarefa para transportar milhões de máscaras entre a China e a Europa.

Entre os modelos inicialmente utilizados estão o A330-800, variante menor do novo jato e que ainda não estreou na aviação comercial, e sua versão militar, o A330 MRTT (Multi-Role Tanker Transport), de transporte e reabastecimento aéreo, e que realizaram voos em meados de março.

Mais tarde foi a vez de outros dois aviões especiais, o cargueiro militar A400M, um turboélice de quatro motores com hélices, e até mesmo a frota de Beluga, o volumoso jato responsável por levar seções de fuselagens e asas entre as fábricas da Airbus.

O último reforço na “força aérea” contra o coronavírus é o A350-1000, um dos maiores widebodies bimotores do mundo. Um dos aviões de teste, prefixo F-WWIL, retornou neste domingo, 5 de abril, de Tianjin, na China, com 4 milhões de máscaras que serão distribuídas em países como França, Alemanha, Espanha e Reino Unido.

“Gostaria de prestar homenagem a todas as equipes da Airbus, globalmente, apoiando a luta contra o COVID-19. Eles estão colocando em prática nossos valores em ajudar aqueles que estão salvando vidas todos os dias”, disse Guillaume Faury, CEO da Airbus.

Segundo a empresa, seus funcionários também estão desenvolvendo e produzindo de ventiladores pulmonares e visores em impressoras 3D como forma de ajudar no esforço global para conter a pandemia.

Reforço também nos EUA

Assim como a Airbus, também a Boeing tem apoiado o governo dos EUA ao ceder três dos quatro 747-400LCF, mais conhecidos como Dreamlifter, que têm uma função semelhante a do Beluga. A fabricante também tem usado suas impressoras 3D para produzir escudos faciais para serem usados nas linhas de frente da luta contra o vírus.

O 747 Dreamlifter voou pela primeira vez em 2006, partindo de Taiwan (Altair78)
Dos quatro 747-400LCF “Dreamlifter”, a Boeing cedeu três para o governo dos EUA (Altair78)

Veja também: “Aviões idosos” estão sendo aposentados às pressas pelo coronavírus

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