Boeing perdeu quase 100 pedidos de 737 MAX em três dias

Fabricante vem registrando uma onda de cancelamentos pelo 737 MAX no último ano
Substituto do 737 deve ser anunciado pela Boeing somente na próxima década (Steve Lynes)
A produção do 737 MAX deve ser retomada em breve, apesar do avião ainda estar aterrado (Steve Lynes)

Após perder 150 pedidos em março, o programa 737 MAX da Boeing sofreu mais um duro golpe. Somente nos últimos três dias, um total de 98 encomendas pelo jato foram canceladas pelas empresas de leasing GE Capital Aviation Services (GECAS) e China Development Bank (CDB).

O primeiro desses cancelamentos partiu da GECAS, que na última sexta-feira (17/4) anunciou que desistiu de comprar 69 modelos 737 MAX, enquanto o grupo chinês CDB anunciou hoje (20/4) o corte de 28 pedidos pelo jato da Boeing.

As duas empresas ainda mantém pedidos pela aeronave da Boeing. A GECAS, que já recebeu 29 modelos MAX, agora soma 82 encomendas pendentes, mesmo número de aeronaves mantidas pelo CDB. A empresa chinesa ainda converteu pedidos do MAX 10 para MAX 8 e estendeu o recebimento dos aviões até 2026.

Em comunicado, a Boeing diz que os cancelamentos são “ajustes” na carteira da pedidos devido ao fato de estar construindo menos jatos da série MAX do que o planejado.

“Ajustes disciplinados nos proporcionam maior flexibilização para gerenciar os 4.000 pedidos pendentes do 737 e proteger o valor do MAX no mercado. Em meio a pandemia de Covid-19, esse ajuste também ajuda a equilibrar a oferta e a demanda com as realidades do mercado, especialmente no canal de leasing”, informou a fabricante.

Em comunicado, a Boeing diz que os cancelamentos são “ajustes” na carteira da pedidos devido ao fato de estar construindo menos jatos da série MAX do que o planejado. A produção do novo 737 foi suspensa por tempo indeterminado em janeiro deste ano, enquanto a fabricante trabalha nas correções de segurança e a nova certificação da aeronave, que segue aterrada há mais de um ano.

A Boeing informou na última semana que está se preparando para retomar a produção do 737 MAX nos próximos dias, embora o avião ainda esteja proibido de realizar voos comerciais no mundo todo. Desde o aterramento da aeronave em março do ano passado por conta de dois acidentes fatais em cinco meses, a fabricante já perdeu mais de 300 pedidos de seu principal produto.

Veja mais: KC-390 da FAB tem “batismo de fogo” contra o coronavírus

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