Vai e volta com Embraer: Congo Airways terá jatos E190 após desistir dos novos E2

Companhia aérea estatal suspendeu operações por dois meses 2023 em meio à crise financeira, mas governo afirmou que está injetando verbas na empresa para relançá-la

Um dos dois velhos Airbus A320 da Congo Airways (Eric Johnston)

Fundada em 2014 para a ser transportadora de bandeira de seu país, a Congo Airways é daqueles exemplos do que não fazer em se tratando de uma companhia aérea.

Mesmo bancada pelo governo da República Democrática do Congo, a empresa patina há quase 10 anos para se firmar no mercado africano e quase deu adeus algumas vezes.

Em setembro do ano passado, por exemplo, a companhia aérea teve de suspender seus voos após constatar que suas aeronaves não tinham condições seguras de operar.

Na época, a Congo Airways tinha dois Airbus A320 repassados pela Alitalia em 2017 além de outros dois turboélices Dash 8, já sem parte das peças.

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Em 2019 a empresa fechou pedido de dois E175 (Embraer)

Parecia ser o fim de uma fase de promessas mirabolantes. Em 2019, a Congo Airways  havia fechado um pedido de dois E175 com opção de outro dois jatos da Embraer, em busca de modernizar sua frota.

No ano seguinte, no entanto, a transportadora pensou melhor e resolveu trocar de geração, optando pelo maior e mais moderno E190-E2.

Não satisfeita, em 2021 a Congo Airways exerceu o direito de compra que tinha com um pedido de dois E195-E2, o maior jato da família.

A Congo mudou de ideia em 2020, de olho no E190-E2 (Embraer)

Adeus aos E2

A situação, entretanto, mudou completamente em 2022. Em crise financeira, a Congo Airways passou a ser descartada pelo governo, que tinha intenção de lançar outra companhia aérea, a Air Congo.

Era o sinal que a encomenda com a Embraer estava por um fio. E de fato, em julho daquele ano a Embraer retirou os pedidos discretamente de sua carteira de clientes.

Isso ocorreu quando um E190-E2 já estava pronto para entrega, tendo até voado. É o famigerado jato com número de série 19020016, que posteriormente foi pintado com as coreas da Madagascar Airlines e também foi descartado.

Depois de ampliar pedido com dois E195-E2, a Congo Airways cancelou contrato em 2022 (Embraer)

Agora vem até Boeing 777-200ER

Mas o que era pessimismo voltou a se transformar em esperança em novembro do ano passado quando a Congo Airways retomou seus voos com dois Boeing 737-800 arrendados da Klasjet em regime de wet-lease.

Na semana passada, o Ministro dos Transportes e Comunicações, Marc Ekila, anunciou que os planos de “renascimento” da Congo Airways estão em andamento e quatro novos jatos deverão se juntar à frota, um terceiro Boeing 737-800 e, adivinhem, três Embraer E190.

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A empresa Klasjet alugou dois Boeing 737-800 em wet-lease para a Congo Airways (Klasjet)

Se der certo, será a segunda vez que a empresa aérea voará com o E190 de primeira geração, após uma passagem relâmpago de dois aviões alugados da Kenya Airways em 2021.

Para não perder a pose, o porta-voz do governo congolês, Patrick Muyaya, prometeu um um Boeing 777-200ER para a Congo Airways realizar voos de longa distância.

 

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