Pequenos países com grandes forças aéreas
Tamanho do território ou condições econômicas não impedem países pequenos ou pobres de montarem grandes frotas de aeronaves de ataque modernas

O Brasil faz fronteira com 10 países e ainda tem uma costa litorânea com 7.408 km de extensão. É um território enorme, com regiões ricas em recursos naturais ainda inexploradas e valiosos poços de petróleo no mar, tesouros nacionais que precisam ser vigiados de perto.
Apesar de uma série de desavenças políticas e territoriais na América Latina, o Brasil felizmente não está envolvido em nenhuma e por isso não há nenhuma ameaça externa que possa comprometer o nosso território. Por conta dessa vizinhança, a Força Aérea Brasileira (FAB) adotou um perfil mais adequado a defesa do que ataque, dispondo de meios eficientes de vigilância e equipamentos de ataque com capacidade regular.
Considerando apenas aeronaves de interceptação e abate, o Brasil está armado atualmente com caças supersônicos F-5 modernizados pela Embraer, aviões de ataque AMX e os Super Tucanos, que em breve terão a companhia dos novos Saab Gripen E/F. Combinada, a força nacional tem atualmente a disposição cerca de 200 aviões para defender os mais de 8,5 milhões de km² de território, além de ameaças vindo pelo mar.
Se houvesse vizinho hostis, talvez a FAB teria mais caças e de tecnologia superior, capazes não só de defender como também de lançar ataques em outros territórios. Diferentemente do Brasil, com sua enorme extensão territorial e econômica, existem países menores ou mais pobres com forças aéreas melhores equipadas, seja por necessidade de defesa ou para afastar potenciais ameaças.
Conheça a seguir alguns dos principais países, que mesmo pequenos ou em condições econômicas desfavoráveis, possuem grandes forças de ataque e defesa aérea:
Kuwait
Um dos menores países do Oriente Médio, o Kuwait divide fronteiras com a Arábia Saudita e o Iraque, que em 1990 invadiu a pequena nação que detém a sexta maior reserva de petróleo do planeta.
Com essa enorme riqueza distribuída em meros 17.818 km², a nação árabe teve de aprender a se defender. Atualmente, a frota das “Forças Armadas do Kuwait” conta com 34 caças F/A-18C e 16 helicópteros de ataque AH-64D Apache, ambos fornecidos pelos EUA.
Mesmo com uma força já considerável, o Kuwait vai se reforçar ainda mais nos próximos anos. O país tem uma encomenda por 28 caças Eurofighter Typhoon, considerado uma das aeronaves militares mais avançados da atualidade.
“Amigo” da Arábia Saudita, do Irã e atualmente também do Iraque, o Kuwait vive tempos de paz, mas se mantém atento as ameaças de grupos terroristas, especialmente o Estado Islâmico, ao qual declarou estado guerra e promete combater.
Após a primeira Guerra do Golfo, o Kuwait trocou seus antigos caças Mirage F-1 e A-4 Skyhawk pelos F/A-18, mais modernos e equipados com armas de longo alcance. Os A-4, que foram utilizados da campanha de defesa e reconquista no país, portanto “veteranos de guerra”, foram comprados pela Marinha brasileira em 1998 e adaptados para operarem em porta-aviões.
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