A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos (FAA, na sigla em inglês) emitiu nesta segunda-feira (5) uma diretriz de aeronavegabilidade exigindo que operadores norte-americanos inspecionem o trem de pouso dos jatos regionais ERJ 135 e ERJ 145. A medida afeta 304 aeronaves registradas nos EUA.
A diretriz lançada pela FAA segue o exemplo da AD emitida em fevereiro pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) do Brasil, que detalha as ações de revisão nas aeronaves.
Operadores do ERJ devem inspecionar e, se for necessário, substituir componentes (especificamente, braços laterais inferiores e suportes dos braços laterais) dos trens de pouso das aeronaves.
“Este AD foi motivado por um relatório envolvendo a desconexão de um braço lateral do trem de pouso principal direito”, informou a FAA, acrescentando que o “rolamento inferior do braço lateral foi instalado invertido”.
“Outras inspeções encontraram mais instâncias de instalações invertidas em outros aviões, bem como outras instalações impróprias”, diz a AD da agência americana.
Dos mais de 1.200 jatos comerciais da família ERJ fabricados pela Embraer entre 1997 e 2011, cerca de 500 modelos ainda continuam em operação com 34 empresas aéreas em 23 países – nenhum deles no Brasil. Versões militares da aeronave também estão em serviço em forças armadas de 10 países, incluindo a Força Aérea Brasileira.
Resta saber se essas inversões nas montagens dos rolamentos aconteceram na fabricação, pela Embraer, ou em processos errados de manutenção.