Marinha do Brasil recebe quarto caça AF-1 modernizado pela Embraer

Modelo da vez tem camuflagem especial de baixa visibilidade para operações de inteligência
O quarto AF-1B modernizado pela Embraer ganhou uma pintura de baixa visibilidade (Marinha do Brasil)
O quarto AF-1B modernizado pela Embraer ganhou uma pintura de baixa visibilidade (Marinha do Brasil)
O quarto AF-1B modernizado pela Embraer ganhou uma pintura de baixa visibilidade (Marinha do Brasil)
O quarto AF-1B modernizado pela Embraer ganhou uma pintura de baixa visibilidade (Marinha do Brasil)

A Marinha do Brasil (MB) informou nesta segunda-feira (3) que no último dia 23 de agosto, no Dia da Aviação Naval, recebeu em sua frota o quarto caça naval AF-1B modernizado pela Embraer. A principal novidade do novo modelo (N-1008) é a pintura especial de baixa visibilidade, o que segundo a MB aumenta a capacidade de furtividade da aeronave em operações de inteligência.

O processo de modernização dos caças AF-1 foi iniciado em 2009, quando a Marinha formalizou a escolha da Embraer para realizar o projeto AF-1M. A primeira aeronave atualizada foi entregue em maio de 2015 e teve sua vida útil estendida para mais 10 anos.

O projeto original da MB previa a renovação de 12 aeronaves, sendo nove modelos monopostos (AF-1B) e três bipostos (AF-1C). Porém, por conta da desativação do porta-aviões NAe São Paulo em 2017, a Marinha reduziu o programa de modernização para apenas seis caças: três monopostos e três bipostos – um modelo modernizado se acidentou no Rio de Janeiro (RJ) em julho de 2017.

O programa de atualização dos AF-1 inclui a substituição de antigos equipamentos de navegação e comunicação por recursos mais avançados, além da revitalização estrutural para prolongar a utilização dos caças.

Um dos itens mais avançados do caça modernizado é o radar israelense EL/M 2032 que pode ser ajustado para diferentes modos de combate para ataques aéreos, terrestres e marítimos. Segundo a MB, o equipamento pode localizar e rastrear automaticamente 64 alvos, simultaneamente, marítimos ou terrestres, ou ser utilizado para mapeamento terrestre.

Caças AF-1 estacionados no convés de voo do NAe São Paulo (MB)
Os caças AF-1 foram comprados do Kuwait em 1997 para operar no NAe São Paulo, hoje desativado (MB)

AF-1 é a designação da Marinha do Brasil para o caça naval McDonnell Douglas A-4 Skyhawk, um projeto consagrado e provado em combate, mas já bem antigo: a aeronave foi desenvolvida no início da década de 1950. Os jatos operados no Brasil foram comprados em 1997 da força aérea do Kuwait. Ao todo, foram adquiridas 23 aeronaves.

Avião naval sem porta-aviões

Apesar do processo de modernização da Embraer, os AF-1 dificilmente devem voltar a pousar ou serem lançados a partir de um porta-aviões brasileiros. A Marinha, que incorporou recentemente o porta-helicópteros PHM Atlântico, ainda mantém o sonho de ter um novo navio-aeródromo.

Caça A-4 Skyhawk freia ao engatar seu gancho nos cabos pelo convés de voo do NAe São Paulo (MB)
Os últimos operadores militares do A-4 Skyhawk são a Marinha do Brasil e a força aérea da Argentina (MB)

A embarcação pretendida, no entanto, não deve ficar pronta no prazo de ainda poder aproveitar a vida útil dos caças modernizados, que acaba na próxima década. Atenta ao plano da Marinha do Brasil, a SAAB já sugeriu desenvolver uma versão naval do Gripen NG.

Mais aviões navais

A Marinha do Brasil também trabalha na modernização de quatro Grumman C-1A Trader, adquiridos dos Estados Unidos em 2010 – ao todo foram adquiridos oito aviões, mas apenas quatro modelos serão renovados. A versão atualizada, proposta pelo grupo Elbit Systems of America / M7 Aerospace, é chamada de KC-2 Turbo Trader.

A Marinha do Brasil adquiriu em 2010 dos EUA oito células do C-1 Trader - apenas quatro serão modernizados (US Navy)
Assim como os caças A-4, o C-1 Trader também é um avião dos anos 1950 (US Navy)

Segundo a Marinha, os KC-2, equipados com motores turbo-hélices e capacidade para operar em porta-aviões, poderão cumprir tarefas como vigilância naval, operações de busca e salvamento, lançamento de paraquedistas reabastecimento aéreo de caças AF-1 e suporte logístico. O modelo atualizado está programado para voar em 2019.

Veja mais: Porta-aviões São Paulo pode ser transformado em museu flutuante

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  1. O Brasil precisa comprar um porta-aviões nuclear para projetar seu poder no Atlântico Sul , comprar F18 e embarcá-los e intimidar as pretensões chinesas em nossas águas territoriais

  2. Olha eu sinceramente não conheço muito os requisitos para fabricação de navios e caças mas creio que já passou da hora do Brasil, produzir seu próprio armamento, capacidade para isso nós temos exportamos talentos para o mundo todo. Embraer é super competente creio que falta alguém de pulso e tomar as rédeas e colocar o país na vanguarda, chega de comprar lata velha ( lixo ) dos outros países.

  3. Lendo os comentários acima, e considerando que são de pessoas com um nível de instrução e conhecimento acima de média, dá uma tristeza. Vê-se que o brasileiro acha que dinheiro dá um árvore. O país passando por uma das crises fiscais mais agudas de sua história e os sujeitos falando em comprar porta-aviões nuclear, em produzir equipamentos militares que demandam recursos imensos. Vocês vivem em que mundo?

  4. Joaquim você pretende intimidar aos chineses com o quê? Nós somos um país tão desenvolvido que a nossa Marinha está há mais de 50 anos tentando produzir combustíveis nucleares em Iperó, distrito de Sorocaba. Só um porta-aviões deles detonariam com tudo das nossas forças armadas.

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